terça-feira, 5 de outubro de 2010

livro - ESSÊNCIA DAS COISAS - poesias e poemas





ESSENCIA DAS COISAS
AUTOR: José Maria Sousa Costa
Poesias


SE EU MORRESSE AMANHÃ, DE MANHÃ.


Se eu morresse amanhã
De manhã
Levaria ira, desgraça e ódio
Uma dor que sobe ao pódio
Como as dores da minha irmã.
Mas,
Como não morrerei amanhã
De manhã
Liberto-me do ódio
           Da ira, da desgraça
E que do céu jorre todas as graças
Dos que sobreviverão, mais um amanhã.
O amanhã, é o retrato de uma outra vida
Admirada de uma nova retratação
Retratada por uma outra geração.
E aos poetinhas ainda não nascidos
Cantarei
Como canto à minha irmã
Pois não morrerei amanhã,
De manhã.




FACE

Quando contemplar-lhe face a face
Imagino encontrar o mesmo rosto
E que não tenha eu perdido o posto
Para o aventureiro do disfarce.

Quero olhar-te e beijar-lhe tanto
Como sempre quis um dia
E que essa coisa que me irradia
Não me venha servir de pranto.

Espero encontrar a mesma voz
Ter ainda o mesmo riso
E no meu ego o mesmo aviso
Que face a face diremos nós,
Faremos do poder uma ciência
Onde do amor
Se cultivará a inteligencia.



PAIXÃO


Fere-me um vácuo
             dormente
             delirante
deixando arrastar-se
    entre carnes frias
      um rasgo ferino
         de uma faca
              alucinante, 
                     onde
queima a pele e fere
            a garganta.

A ferro frio, a fogo
de uma louca paixão
é o eco da alma aflita
              pobre
              varrida
              falecida
como é triste essa devassa condenação.

Alguém chamará por ti
Mesmo em tê-la  por triste sorte
              uma dor cruel
              cruel como a morte.

É doloroso
o lamento em si
elevado a cruz da condenação
               pelo caminho da paixão.




              PELE

Essa pele morena
Cheirosa e cativante
Essa cor emocionalç e explosiva
Por favor fita-me e diga
O que embeleza esse corpo belo
                      Altivo.

O que usas que atrai a tantos
                      Nessa pele
Nesse pêlo de criança ?

Confesse e da-me esperança
Sem que eu possa cair aos prantos
Uma pele tão lisa
               tão bela
               tão calma
Da cor do pecado novo
Saindo do fundo do povo.

É essa pelo atraente
Igual a alma
Que reveste uma mulher formosa
Cheirosa e gostosa.


TRANSCENDENTAL


Derrama o frio quando teu corpo
Nu rossa no meu
E volta o arrepio
Desse ser alusivo, na ânsia
De querer deitar e fazer.

Fazer cópula
Amar sem exagerar
E com meu ego
Esse teu eu alimentar.

Então diga ao prazer que vivo
Rossando, esfregando
Às vezes chamando, para
Querer, deitar e fazer.



PRAZER



        Você
Que anseia ser mulher
Tem que sentir a dor   
                     Pavor
Provar um amargor
E o lado quente de um fulgor.

Tem que dobrar o seu quiser
Romper os odores
Analisar o querer ansioso
E rosnar, e rossar
               E na chama
                   No seu fogo
                   No seu lodo
Envolver o seu todo.

       Você
Que vai ser mulher
Tem que aperfeiçoar a alma
Tem que manter a calma
E cuidar dos cheiros
             dos cabelos
             dos chamegos
E das pontas dos dedos.

               Tem que cuidar de tudo
                                       dos anéis
                                         dos bordéis
                                           das orelhas
               De uma ferida atraente
                            felina e querida
Que não veda jamais.




          POLVILHE DE UM CANTOR


Malicias e frescura
Gostosa aventura
Ocaso de outono
Polvilhe de um verão
                      Gritos
                             Desmaios em vão
                                                  No chão.

De todos os conceitos
Com vários preconceitos
Aceita-se
O canto de louvor
Na glória e no amor
Que pavor !

            Dobra-se as mãos
           Cai-se entre panos
          Rasga-se
        Esgota-se os danos
      Tudo escorre em vão.

                                    Perde-se o talento entre gotas
                                    Morde-se
                                    Chupa-se
                                    Como uma louca
                                    Uiva-se como fosse loba
                                                 Num grito fofo,
Ou em um gemido louco.



 
DEVASSA



Prenda a voz grave contra os meus tímpanos
Sacode o teu desvairo contra a realidade
Deixa intensamente o cheiro maldito
Que no realismo exala
E corrói a tua carne.

Não deixe a publico o teu aroma embriaga
Nem na pele o teu cheiro felino
Com a pele fria e as carnes quentes
Causa-me uma dor aguda
Alucinante.

Mas,...
Se os teus desejos atormentar-me tanto
Prenda-os, como caos humanos
Que arrasta-se
       Condena-se
Rasga as vitimas
Que devassos cantos, os seus loucos planos.

Porem, teu louco orgulho prevalece
E a calunia
    A inveja
Tudo o que detrói um corpo, desaparece.




ESCÂNDALO


Vem
Atire-se sobre o meu corpo
Aperte-me contra os teus seios
Sufoca-me com os teus desejos
Arrepia o meu pelo
Abafa a minha voz
            Meu grito
E arrebenta os meus ouvidos.

Vem
Encoste em mim, assim
Não, de frente mesmo
Morda o meu orgão de gosto e fala
Estoura o meu ego
Me faça um gatinho
E me arranhe devagarinho.

Me enche de fado
Deixa eu por este orgão macio
E explorar esse pedaço de luz.

Me faça gozar
Deixar terminar
Me faça rolar
Que eu lhe faço gemer
Ou, role comigo, assim...assim,
E faça da vida um prazer.



IMAGINE

Imagine
Se eu parasse para te olhar
Não conheceria os teus olhos
                            teu corpo
                            teu aroma
Tua força talvez.

Imagine
Se eu caminhasse em tua direção
Alimentaria os meus calos
                  as minhas sinas
                  as minhas cismas
E até confessaria os meus pecados.

Imagine

Se colassemos boca a boca
Eu sugaria todo o seu frescor
Arranharia o teu corpo
E sanaria a minha dor.

Imagine
Se eu tomasse a tua mão
Confessaria que eu te amo
E olharia nos teus olhos
E deixaria no teu ego
A semente da sobrevivencia




CAMINHO DAS ÁGUAS


Derrama do alto, um líquido solto
Embebendo o meu corpo e a minha alma
Não sei se cai dos céus
Ou dos ares que se arrastam
Em forma de garoa
Deixando o meu sangue e minha tese louca.
Arrasta-se de lá, ergue-se de cá
Deita serra abaixo, e escorre pelo chão
Clama alto, como fosse guerra
E suicida a todos em mistura de pão.
Deita a tatuagem, em rastro de poluição
Frustrando vidas e alimentando a raça
De uma arrasadora perturbação.
Esse liquido, essa cor
Se, aroma, embebida por areia fofa
Não ressuscita a vida que falece
De um ser vivo que cai em volta.
Esse liquido que cai, não sei de onde
Não sei de onde sai, e nem quem consome
Sei que das plantas não mata a fome
Mas quando se clama:
- Pegue e tome.




COMO TU ÉS BELA
    

         Essa voz bela
         Essa voz pura
         Esse riso formoso
          Maravilhoso
Quanta prudência, quanta tendência
Como tu és bela.

Teu corpo
Tua sedução
Teu suave aroma
Tua boca pequena
Teus ósculos.

Teus olhos pequenos
Esses beijos que te enfeitam,
                          Te exalta, bela....tão bela mulher.
Voz brilhante
De brilho sereno
Teu cabelo
Liso, negro
Como asa de grauna
Que alegre canta quando o mar espuma.
                          Voz potente como primavera
                        Aroma doce como mel
                      Como és bela, e comigo aqui fica
                    Responda
Como te sacrificas ?



UMA VEZ TRISTONHO


Estou longe e não consigo te esquecer
Por um minuto queria poder te abraçar
Não quero que digas, não vivas comigo
Mas, lembras de mim, que sonho contigo
Tristonho e esta não é a ultima vez
Quero ver-te, abraçar-te, quero a sua
Mão, que beijarei com bravura.

Mas,
Distante não posso beijar-te
Só posso mesmo, é sonhar
Mas dia virão que nos cruzaremos
E podemos matar essa dor
De nome saudade.

Veja bem,
Assim como as águas pulam nos Mares
Sei que verei pelos lares caminhando
Em passos brandos
Para ouvi o meu canto.



FRUSTRAÇÃO


Cansei de olhar em seus olhos
E perceber a falsidade
                 O fingimento
                  A dor.
                  A dor
De uma incompetência
Fértil de moral.
                    Cansei de olhar teus gestos
                                            teus atos
                                          tuas ações
E perceber que por trás da incompetência
Esconde-se a puta
                   Que luta
Pelo amor com muita prudência.
Cansei...cansei de ouvi teus gritos estericos
Teu tudo esquezofrenetico, tua voz
Cansei de ter-lhe como donzela.
Perdi o teu cheiro, teu aroma, tua cor
Perdi o jeito de ser amável
E com certeza sempre duvidei do teu amor
Do teu povo e do que finges ter.
Cansei,
Cansei de ilusões, de sonhos
                               de teorias
                              promessas
                            agonias
                          poesias
e de queixas.
cansei, cansei por tudo o que eu sei.




DOCE É MORRER, MORRER AMANDO

Doce é a vida
          o amor
          a cortesia
          as fantasias
doce é morrer, morrer amando.

                        Amando pai, mãe
                         Irmãos e corações.

                         Doce é o amor
                         Amar tudo, até a alma.

Morrer, é acabar-se em vão
Sem amor
Sem cortesia
Sem carinho
e sem coração.

Doce mesmo é morrer
Morrer revivendo tudoo
Os gestos, as águas, as cores
Doce é amar e sentir saudade
Por que, amar é escravizar a alma
Por que doce é morrer amando.



BELA


Bela como a luz
Resplandecente como o Sol
Brilhante como uma estrela
Assim, é o rosto dela.
                           Fascinante,
                           Maravilhoso
                           É o olhar, o sorriso,
Conquistador o seu aroma
E com exubero tom de amar
Te enfeita, e te exalta bela
                                    Bela mulher.

com esses olhos verdes
Essa pele que a reveste
Com os longos cachos que te embeleza
Comove-me a um desejo louco
De amar, esses olhos bonitos, estrelados
Que me fazem eternamente apaixonados.



ESTRELA


E as estrelas que ainda são estrelas
Deixa fugir o brilho, quando estira-se ao leito
Pedindo ao véu, que a cubra
E esse véu sou eu, sou eu.
E a estrela caindo, estira-se
Esperando um afago,
E ela rola e rola de emoção.
E essa emoção, escorre glade abaixo
Nascidas das expontaneidades das glândulas
Que sorrindo, interpreta
Até exterminar.
E a estrela deitada geme
                               Sorrir
                     Caída assina
O gosto que deitada sente.
E a estrela ósculada
Lábios grossos
Deita-me comovido em vê-la
Tão possante, como verdadeira estrela.




FLUXO


E vem
E como um rio desemboca
De mansinho.

E sem carinho
como um pássaro faz seu ninho
e como um copo desemboca
Na ponte que transporta
Pela porta, que importa a vida

A vida de cor santa quando escorre
Marca o tempo sem ter ira
E com fluxo ou refluxo
tudo corre por um caminho
E quando isso acontece
tudo apodrece
Alguém chia.

E passa sangue, passa água
Até o pensamento de um guia
E quando passa, passa em forma de romaria
Numa vida atrevida, redimida.

Com fluxo ou refluxo
Tudo passa no dia a dia
Do seu caminho em delírio
Tudo fica fofo, sente-se mofo, podre,
E pálida transforma-se em lírio
Me irrito
      Agito
           Irradio
E quando cheia, exalando areia, tudo arreia,
E no ar, aquele mal cheiro.

Fico torta, como girassol, reino vegetal
Esperando que desça mais e mais
E que na mulher falte jamais
A água do ciclo menstrual.



FASCINAÇÃO


Eu te amo, e sei esperar com paciência
Quando os teus olhos vejo deslumbrantes
E o teu aroma, e a tua voz acochegante
Vive, e aumenta a minha potencia.

Essa forçal coisa, causa-me delírio
                              Causa-me ânsia
                                         Desejo e vida
                                                        E  paixão,
Eu me comovo perdido na ilusão
De um amor fiel, uma sedução.

E digo:
Vem saciar-me com os teus beijos
E matar de mim, uma sombria carência
Uma coisa tortura-me, a tua ausência.

E se das narinas perder teu cheiro
                             E esse encanto
                                 Esse amor
                                       Essa missão
Que, não seja em mim uma vã, fascinação.




ECO


Como se eu fosse um passáro
Que pela de galho em galho
Tomo a pena
E com  emoção profunda
Deixo no papel aparecer a cena
Que marca o meu coração no fundo.
Como se eu fosse o mar
Que asperadamente salta
E embeleza  os olhares
Dos homens que  falam,pelos sentimentos
Inspirando os melhores momentos.
Como se eu fosse um rio
Onde por eles escorrem chamas
Que alimenta estas canções
Que voluntariamente comove,corações.
Ou como o rio que corre para o mar
Ou mesmo o pássaro
Que  se expõe no ar
E é envolvido pelo seu cantar.




PIRÂMIDE



Você me inicia
Me causa arrepios
Me aquece todo
E sinto no pelo um frio
Nas carnes um desvario
E uma vontade louca
De ama você.

Sabe, você tem  um jeito estranho
Umas ações que chama,minha atenção
São gestos que comovem o meu destino
Alegra   sentidos
E me faz pensar em você.

Você me dá inicio numa vida
Me abastece de afago
Enche os meus ouvidos
Com a língua.

Comove a minha alma
Empalidece a  minha calma
Faz-me sentir dores
Que não quero ter
E nem compõe os amores.

Abastece o meu ego
Transforme o meu corpo em gás
Agite as suas pernas
Sacode os teus braços
Não me chame de louco
Que eu te faço pari calada.



DECEPÇÃO


Você
Cheio de sonhos
Carregado de projetos.
Você
Com todos os poderes
Com mil objetos
Analisando a todos
Erguei o seu rosto.
Você
Que desejava tudo
Que fazia modas
Vendia sorte
E desafiava a morte.
Você
Que tinha o seu nome
Nele vendia normas
E com o seu porte
Explorava os pobres.
Você
Cheio de ordens
Já imaginou se chegasse de repente a noite
E procurasse alguém
Alguém que você maltratou também
Só, só por ter lhe pedido pão ?
O pão que tinhas e abandonou ?
O pão fértil, que jogou no lixo ?
Ou se de repente entrasse em um local escuro
E pedisse luz para alguém
Esse alguém, de quem a luz você cortou ?
E se caminhando mais além
Encontrasse uma criança franzina, como  a que maltratou
Somente por   ?
E se essa criança te levasse a um jardim florido, colorido,
Como reagirias ?
Como te sentirias ?




COMO EU TE AMO


Como eu te amo
Como amo o Sol
                 A lua
                  A noite
Mas, os açoites são muitos
Mas, te amo.
Amo a formosura só tua
Amo a luz espalhada em teu sorriso
Amo a tua voz sensível
Que se alastra em mim
Como voo, que se espalha pelo ar..
Amo o teu leito
                      A chuva
                      Teus cabelos
                      Teus olhos, enfim
Como eu te amo.
Você me cativas, com os teus lábios
Doces, doce de manhã
Como qualquer maçã.
                               Te amo, e me recusas
                               Como fosse a terra
                               Carregada de serra
                                Para divulgar o meu canto
                                                                         De raça
                                                                          De paz.
Te amo e me abandonas
Deixando-me assim como as águas
                                                   Ventos
                                                    Mares
                                                     Rios
Céus e terras
Luas e estrelas.



    CORPO


Quero o seu corpo para me libertar
Quero os seus lábios para eu chupar
Te quero assim, neste momento
Nesta noite escura
Onde nu, contemplamos corpo e alma.
Quero o teu corpo para ser meu amor
Não me deixes só
Esfregando, afagando no seu ombro
Quero cochilar, e até sonhar.
Vem na escuridão da noite
Não temes o noturno da maldade
Quero o seu corpo de ágil nobreza
Eu me chamo, reclamo
Na certeza de ser uma princesa
Com esse cabelo tão leve
E, tão branco como a neve.
Eu te procuro
Não me negues o teu ser
Para eu não morrer
E poder pousar e teu padecer.



MARIA


Me chama de amor
Me faz recitar um canto que sane esta dor
Me chama de amor
Me aceitas de volta
Me ajude a compor.
Me mostra o teu ser
E aperte o meu corpo.
Maria, cadê a poesia
Que com rimas, fizeram melodias ?
Maria, Maria
Cadê o amor prometido
         O beijo escondido
          O aperto assasssino ?
Olha que emoção
Que canto de ternura
Olha que golpe
Como sofre, o meu coração.
Como pode agente ser criança
Como pode agente ter lembrança
De alimentar um amor, com tamanha esperança.




MACULA


Teu rosto molhado por águas ardentes
Queima-lhes a face fazendo chorar
As lágrimas caem dos olhos dormentes
Pulando, saltando como água do mar.

Teu rosto ferido, deixa-te pálida
Ferindo-lhe a alma, uma vida agitada
É a vida sofrendo com a caminhada
Caminhada triste e solitária.

E esses olhos tristes, me faz comovido
Cativando os sentidos, com lembranças
Desde as crianças, mas com emoções
Que desejo carrega-las como herança.

E o teu corpo ferido, caem em prantos
Recordando tempos, com melodia
E hoje tranquilo, te mostro meus cantos
Todos em formas de poesias.




TE AMO


Força
Noturno
Ah! como eu te amo
Neve
Inimigo
Solo
Ah!como amo os meus inimigos, seus sorrisos.
Véu celeste
Noite
Dia
Sol
Vegetal
Melodia
Dia de Sol
Inspira-me uma poesia.
Tudo é vida
Tudo é rosa
Tudo é silencio
O que eu confesso aos meus filhos
Das alegrias e nostalgias
Que tanto amor me inspirou ?




LUIZA


Vem cá
Me faz um amante moreno
Me diga qual a razão
Da noite banhar-se com eterno sereno.
Vem cá
Emancipa a minha vida
Me afaga estas dores
Coro-me com as flores
De uma poesia sem rancores.
Me diz por que choras tanto
Se as dores que sinto
Não sentes iguais
E, nem tão pouco os sinais.
Vem cá
 Me dá tua mão
Vem, compor cantando
Amando
Gostando
Eu te consolo por que és minha
Só minha, Minha Luiza.



CORDAS VOCAIS


Rasga-me as carnes
                Os sons
Fende-se as mucosas
                Os gemidos
E quando o maestro dá o tom
Sinto arrepios
Ouvindo estribilho.
Ergo a cabeça
E no céu uma estrela exibe o seu brilho
Como se um trem não enxergasse, o fértil trilho.
E esses gemidos vão-se carne a dentro
Como uma gilete que parte
                                      Entra
                                      Penetra
E maltrata quando a dor alvoraça.
Ali tudo surge, desenvolve-se como fosse cais
Onde sem regime
         Sem parede
Vão-se pelas cordas vocais.
E as cordas estalam
                  Falam
                  Explodem
E quando os ouvidos, contemplam ecos
Eu me arremeço, me viro, me entorto
E quando a dose é dupla fico assanhado
Torrido, como um cão danado.



              LUA E SOL


Lá onde o sol se esconde
Nasce emoções que observamos
Coisas que amamos e admiramos.
Coisas belas, naturais, como o sol
As estrelas, a lua
Que foca a terra como fosse lanterna
Engolindo a escuridão que nos rodeia.
Lua, lua eterna bailarina
Amante dos cavaleiros de lágrimas caídas
Queimantes e queimadas
Onde tudo aquece e se alvoraça.
Lua, dos amores feito tatuagem
Que corta e rasga carne viva
Com o sabor do teu brilho natural.
Sol, amante das dores, das cores, dos amores
Que partem sem pronunciar sílabas.




ESSÊNCIA DAS COISAS


Como uma luz a vejo exposta
E ao lado estático
Contemplo essa b beleza
Essa cadencia que a compõe.
No leito
Me deslumbra e como uma luva
Envolvo,comovido pelos arrepios
Onde puxo e repuxo até vomitar.
Eu me torturo e gosto
Coloco na boca que morde
E morde, e morde até não dá mais.

Com paciência alguém se estira
Tudo se arrisca, estala-se
Eu me cultivo
Meus nervos deslizam, estiram
Depois tudo cessa
A emoção passa depressa
E ninguém mais se expressa.



JUNHO


Só por você
Atravessei um país pelos ares
Cortei estrelas
E naveguei olhares
E quando quis
Pensei  em você.

Só por você
Eu peço um guardanapo à aeromoça
Vejo você quase moreno tosco
Rolando a vida como amor fosco.

Só por você
A minha aura canta, todo dia
O ar aquece as manhãs sombrias
E eu cochicho, amor
Ou passo a língua ao pé do ouvido.

Só por você...quero o Sol
Só por você, eu quero o mar
Só por você eu pego um avião em pleno dia
E fujo pelo ar.

Amar no Sol, no Mar
Amar no sol, no mar, no ar
Só por você
A escuridão da noite cai mais lenta
O beijo selo flui naturalmente
E a boca confessa naturalmente.

Eu, você, nós dois
Trancado num hotel
Debaixo dos lençóis
Fazendo gozo nele
Sem respirar depois.



PAULISTA


Meia luz, meu olhar, meu vício, meu fascínio
As balas que as crianças mordem
Ardem nas vistas, fitas, pistas
E faz silenciar em poucos, as canções, a ordem.
Pelas vistas, filas, vilas ou favelas
Nos paredões do Masp, Trianons, parques
Brotos, cospem chicletes
"Minas", viram tietes
Sonhando com as novelas
E todo o olhar é predador, discreto, neles.
Botas, meias, coturnos, pés descalços, sobre a grama
A cada esquina da Paulista
Um tese, olhar de medo, na grana.
Tudo acontece sob o Masp,
De um olhar,
a piscadela de garotos de programa.
De uma festa,
Ao convite pra deitar em sua cama.
De um corpo nu,
A uma bota sem fivela.
De um nome próprio,
A um apelido de pivete.
Tudo acontece na Paulista,
O beijo, o selo, olhar, o medo
A mística, a forma artística,
As bandeiras das torcidas
O porre, a cara, a tara, a garra,
E as porradas da polícia,
Nas Paulista.



A  CIDADE


Bela
Adormecida com  um Mearim gigante
De campos verdes
ruas planas e avenidas
De casarões e contemplar  o céu.

Minha cidade
Eu me embriago com o libido matinal
Das tuas flores
Dos teus campos, dos teus vales
Com a sutileza que lhe é peculiar.

E nas calçadas
Cadeiras, expostas para sentar e conversar
Falar de amores
De poemas, de outras coisas
Dos teus poetas, que renasce sempre mais.

Ó quanta beleza natural
Matas, igarapés, rios e pontes
Pirilampos a brilhar...iluminar.

Se a noite cai
Boleros a deslumbrar esta cidade
Vozes estalam entre corpos sem maldade
E o cio agita,
O pudor das ilusões.

Ah ! minha cidade
Teus paredões, tuas calçadas calçadas
Teus verdes campos, teu  Campo Santo
Teu Rio amado
E a Ponte de Itapuã
A nos ligar.

Ligar a cidade
Juntar o teu céu azul
com um horizonte brando
E de mãos dadas
Vamos juntos caminhar,
E aprender a amar eternamente
Sempre,
Esta cidade.




DESCE  DAÍ


Menino que deita
E esquece do tempo
Desce daí
E caminha ao vento.

E faça do seu olhar distante
Uma esperança.

Boca pequena, pra me iludir
Olhos pequenos, fecham ao sorrir
Expõe os teus sonhos, nessa dança
Que um dia hão de florir.





BAILARINA


Como se as nuvens fossem palco
como se as ondas fossem tácitas
Fazendo espuma
Num girar de carrocel
De uma sinfonia mágica
Murmuradas,
A flautas de papel.

Como e as pernas fossem densas
Tal qual o meu lápis de cor
E deslizante e cambiante
Tal qual liquidificador.

Fossem mais brandas que marinas
Entre aplausos e sorrisos
Excêntricas
Como duas linhas
De uma tenra bailarina.



CONVERSA


Toda noite você liga...e eu também
Até hoje não entendi
O que você quer, meu bem.

Expõe sentimentos e...fala de nós
Em outros momentos...você muda de voz
Diz que está de braços abertos, se eu voltar
Mas, não tem coragem, de me separar.

Às vezes nas brigas, me agride, ofendido
Palavras que doem
Sobre o amor perdido.

Na solidão da rede e na madrugada
Diz que me quer
Mesmo escondido para ser amado
As flores do jardim da nossa casa
Floriu de vez
Será que vale apenas
Eu tentar outra vez.



ADMIRAÇÃO




Eu chego à beira da praia
Olho para o mar
E vejo uma vastidão azul
Que perde-se em minha visão
e dizem que é amor.

Eu vejo ao cair da tarde
Pela vastidão da minha visão
Um amarelão a céu aberto
A se decompor
E dizem que é amor.

Lá do alto
Quase no topo da serra
Onde quase o céu se encerra
Onde tudo deveria ser sempre verde
Que bom, se assim fosse este planeta
Verde pra pensar
Verde pra respírar
E dizem que : tudo é amor



VINHO


Jorrar seu vinho em minha cara
Escoar desejos, esporrar na aura
Sentir prazer ou fazer libido
Uma nau que tenha calma
e que transforme a alma.

Deixar sair pelos poros do seu baixo
Invadir a garganta
E encher a boca dessa coisa amarga
Dessa tara que escorre pelos seios
Desse liquido, dessa farsa.

Se jorrares a gota a gota
Talvez os prantos, invade os mantos
E o que vaza pela boca
Talvez nem seja um vinho-santo
Mas, o sumo do teu corpo
Que, me desvaira tanto.

Se traíres seu amante, com seu vinho
As coxas, os peitos, os pêlos
Se agitam num movimento de carinho
O que não for gozo, atrito, vinho-amigo
É a voz do seu útero
Para o meu umbigo.



CURUMIM


Cu...ru...mim
cu...ru...mim
Cheiro de jasmim
Sorriso de menina, assim.

Caminhar, caminhar
Como o vento sobre as águas do mar
E eu a navegar...navegar
Nas ondas do teu olhar.

Meu nau, sem vela é você
Meu porto, meu  ais
Aroma que o sorriso traz
Perfumes astrais
águas azuis
Das ondas, do barco
ancorado no meu cais.



PORTAL  DA COR


Quando voce atravessar o portal da cor
Vou me sentir cheio de amor
Parece que as linhas, estalam esquadors de papéis
Olhos a centilar como pedras entre anéis
Escapam arrogancias dos seus pés
Capta-se leveza dos faróis dos carrocéis.

Desce os corpos da mesma favela
Numa mistura de pele na mesma panela
E busca o sabor do mesmo tacho
Arrisca-se quando fala-se da mesma raia
Disperso num compasso sem tregua na mesma praia.

Quando voce atravessar o portal da cor
Voce degusta um abstrato no horizonte
Quando voce atravessar o portal da cor
Roga-se a Mãe Africa um nome, uma ponte.

Fende-se uma tregua com a mesma regua
Inverte-se em "bios" com outras regras
Ou se apressa os passos na direção
Em forma de compasso sem espaço
Na mesma estação.

Quando voce atravessar o portal da cor
Esuqeça as regras, os excessos, a mesma furta-cor.



ESQUADROS


A luz dos teus olhos
Já não me assusta mais
Nem o teu cheiro 'cioso'
De caça ou de caçador.

Se, na transversal dos teus mares
Eu cruzar c'os teus lençóis
Nas paralelas dos olhos d'água
Terei os sóis e,

Mesclarei o teu retrato
Ao brilhar do espelho d'água
E aportarei no teu cais
Uma nau de girassois.

CANÇÃO




Me abra o teu sorriso
inspire em mim, ó deusa
Uma canção,
Musa dos desejos
P'ra sonhar emoções
Pra vida que eu te quero
Ó corações.

P'ra arte de inspirar
na hora de beijar
Não feche os olhos
Há emoções que vai, que vem, que fogem.



ESSAS


Uma canção
Ou uma história de amor
Assim.

Que vem do coração
Expõe aqui.

Para os teus olhos negros
Para os teus lábios verdes
Para a emoção que cai,
Em mim.



SENTIMENTO


Outras canções
Certas paixões se cantam,
Hinos de amor
Outros calor, levantam
Dão Glória ao Senhor
Glória e louvor
Expande-se.

Rima-se dor
Rima-se amor, portanto.


Outras canções
Para o teu coração se vão,
Certos caminhos,
Certos delírios são...
Causa de dor...então,
Rima-se dor
Rima-se amor e,
Cantas e cantas.



COLORINDO A VILA



Surgiu,
na ponta da areia, o encanto
Deslumbrante deste manto.

Afogou as cachoeiras
Passeou-se pela ilha
E balançou minha Palmeira.


Vou inundar
As vielas desta Vila

Com um sorriso

A esperar.




VIGESSSIMO QUINTO CAPITULO DE LUCIANNA - FINAL.




VIGESSIMO QUINTO CAPITULO DE LUCIANNA - FINAL.


Domingo.
Era uma tarde calma, sem qualquer mancha no céu de Arari, a Igreja estava lotada, já não cabia nenhuma pessoa, fazia um calor muito forte que era acompanhado de palmas e de vivas que vez por outra ensurdecia a todos. Os pais deixava vazar a decepção em cada expressão quando eram obrigados a fazer. O Sol brilhante, parecia ter sido convidado para a festa. A manhã daquele domingo estava toda ela voltada para aquele acontecimento, por que pareceia ser um casamento sde séculos. Um casamento que estava em ação dois corpos de irmãos, duas almas irmãs, mas não só isso, mas sobretudo o amor de dois individuos que não dava atenção aos boatos sociais. A certeza de que quando se ama não se mata o amor. Quando se ama agente nada destrói, e nem tão pouco ver-se defeitos no amado ou na amada. Quando se ama não se enxerga as calunias, nem tão pouco as polemicas que separam, por que o amor, será sempre eterno e, quando se diz que o amor é eterno, apenas a morte corporal o separará.
Luciano estava calmo, os olhos nadavam em lágrimas e, mesmo assim procurava consolar o pai, que desesperado dizia:

- Luciano, tu traiste todos nós, por que casar tão novo assim,qual é esse mal incuravel que não dá para esperar, depois não diga que eu não te avisei Meu filho desista disso eu te peço, ainda há tempoe te deixo saber que essa menina é a tua irmã. Casar, tu casas, mas contra a minha vontade. Este é o maior dos meus desgosto, que carregarei por toda a minha vida, sei que jamais esquecerei esta cena, e fiques certo emu filho, não conte com o meu apoio, casas e ficas por lá mesmo.
- Ô pai, por que essa burocracia toda, a minha mãe foi morta
, por que a Lucianna foi separada de mim e tiveste a sorte da justiça jamais ter colocado as mãos sobre ti, senão estaria pagando caro pelo teu feito. E despedindo-se foi para casa de Herminda e chegando lá  a encontrou chorando.
Ele se aproximou dela, que abrançando disse:
- Ué Luciano, tão novo casar agora e assim, ainda nem terminou os estudos, por que fazer isso meu filho, quando todos os povos inclusive os daqui sabem que a menina é tua irmã.
- Nhá Minda, quase todas as pessoas que conheço estão me falando isso, para mim isso tem uma importancia menor, por que na verdade eu estou casndo com a mulher que eu amo, entendeu ? Assim como tu amaste quando pequena, quando jovem, quando adolescente, eu estou amando assim. porém eu quero apenas que vá até a igreja e assista as certimonias do meu matrimonio. tu vas ?
- eu vou
Despediu-se de Herminda que lhe desejou boa sorte e, nerm mais falou com Leonardo e saiu para encontar Fernando e Milena, que já estavam de saida para a casda dos noivos.
E Fernando ao ve-lo saudou:
- Só te desejo que sejasa feliz, por que não é a idade que vai dizer se serás ou não um bom pai de familia, eu conheço muitos homens barbados e que já teem netos que são verdadeiroa irresponaveis, porém como padrinho do teu casamento só te desejo felicidade.
- Obrigado, respondeu Luciano.
A essa altura a Milena já se encontrava na casa de Lucianna, exibindo-se como se fosse ela a propria noiva, mas sempre escutando as conversas de Quincas que não se mostrava tranquilo, havia até aquele momento bebido duas garrafas de uísque pura sem nenhuma mistura e dizia euforico:
- Estou bebendo para esquecer as decepções e tristeza que esta minha filha me causa, por que acho que pago muito caro por ter criado ela com uma educação quase que perfeita, e ela por pouco nem avisa-me que vai casarquando soube na ultima hora, foi como se tivessem me dado uma borrachada por que descobrir que ela já estava prostituida, também não sei se não é nenhuma farsa para se entregar aos braços daquele moleque, mas tenho certeza e digo com todas as letras, ele não herdará nada de nossa familia e na minha casa ele não porá o rosto, nem no lugar que rteservei para colocar o pé.
E os amigos, parentes e convidados, apenas ouviam o repudio do pai, de forma despropositada. somente ele poderia agir assim.
Qualquer pessoa que procurasse Quincas, para uma conversa, percebia o seu comportamento alterado e diferente, onde punha-se a exibir um revolver, que prometia dá ao genro para a sua defesa pessoal. Mesmo não aceitando o casamento da filha e se achava obrigado a fazer, por ela já dizer-se prostituida, ele não suspeitava que aquilo poderia ser uma farsa, uma mentira.
Uma mentira para que ela pudesse ter em mãos e na cama o homem que ela amava. Mentira para poder fugir do preconceito da sociedade. Mentira por que queria provar que quabndo se ama, arrasta-se o garotão até o altar.
E naquela tarde de domingo a multidão de convidados esparavam o casal á porta da Matriz, enquanto em casa Ilvã arrumava-se e colocava as melhores pedras de brilhantes e os finissimos cordões de ouro, que sempre estiveram em ultima moda.
De um lado Quincas não escondia a decepção causada pela filha, mas Leonardo nem sequer caminhou para a Igreja, enquanto Herminda limitava-se apenas a lastimar-se.
E a governanta aivou aos poucos que estava em casa:
- Teremos uma cerimonia diferente dos outros casamentos.
E Alberto um portugues, amigo de Leonardo, e que esteve ao lado dele quando da morte de Maria Clara, indagou curiosamente:
- Como é essa cerimonia ?
- É simples meu senhor, a multidão formar em duas filas, para que entre elas possam passar os noivos e serem demoradamen te aplaudidos, por todos vós.
- Boa ideia, respondeu Alberto.
O tempo passava, o Sol esfriava, e pacientemente o Padre esperava no centro do Altar que os dois se aproximassem, ao lado de fernando e Milena, Demir e Raquel.
Minutos depois a multidão agita-se, entre eles Quincas com o seu chapéu de seda-lanê, batia muitas palmas.
E Luciano e Lucianna, subiam as escadaria da Igreja, e o fogetório estourou, e repentinamente entre tantas flores que jogaram, o público só pode notar, a moça cair sem sentidos, e ver o velho sair correndo, estava morta.
Alguém aproximou-se dela e comentou:
- Uma bala a feriu.

E o velho que corria. enfiou o cano da propria rma ao ouvido e fez arrebentar o cranio fsalecendo imediatamente.
E o sangue, lavando ruas e praças, escorria.






                             Setembro - 1982                          
  
                             Santos - Sâo Paulo
                                  BRASIL.          

VIGESSIMO QUARTO CAPITULO DE LUCIANNA




VIGESSIMO QUARTO CAPITULO DE LUCIANNA.


- Que café quente, Júlia ?  Comentou Ilvã tentando esconder o disfarce.
- É que foi feito no fogo patroa, respondeu a governanta
Erguendo-se da mesa Lucianna falou:
- Terei que sair, não posso demorar mais.
- O que desejaria falar, filha ? pe3rguntou ele.
- Fica para depois.
Ele arriou a xícara que tinha em mãos e tornou:
- Por que não agora ?
A menina não lhe deu mais nenhuma resposta, levantou-se da mesa, e saiu rua a fora, enquanto o velho mostrando irritação, indagava todos à mesa, o que havia acontecido, e as pessoas ali, permaneciam caladas.
Ele saiu para a casa da Milena, mas antes de chegar lá a encontrou e foi logo dizendo:
- Milena, estou triste e decepcionada.
- Decepcionada, com que e por que ? Perguntou a amiga.
- Descobrir que não sou filha legitima dos meus pais, e isso está me perturbando e me causando uma tristeza profunda, ai eu te pergunto, quem é o meu verdadeiro mano ?
- Não tenho bases; respondeu a amiga.
- Se eu te revelar, não acreditas, é o Luciano, o meu namorado o meu verdadeiro mano.
Assustada a amiga respondeu:
- Está querendo fazer graçola, não é Lucianna ?
- Te juro.
- Juras, de verdade ?
Milena, ficou perplexa diante do que ouvia e tornou:
- E agora ?
- Agora, o jeito é abandonar e aceitá-lo como mano.
- Eu não faria isso, se tu amas de verdade esse menino, por que largar agora o teu namorado, assim como pode ele ser teu irmão, pode muito bem ser conversa fiada das más línguas. Quanto a tua mãe, eu não sei o que passa pela cabeça dela, mas fica na tua, não se incomode com bobeira, se eu estivesse no teu lugar eu fazia era apressar imediatamente o meu casamento.
- Fazias, isso Milena ? perguntou ela.
- Claro, esse negocio de abandonar o homem que se ama, somente por que dizem que é meu irmão é bobeira pura, a sociedade não se incomodará com isso. Viva meu amor, eu sei que está procurando apoio dos amigos, mas viva intensamente, não entre em conflito, fuja com ele seja lá para onde for, não  ceda, essa historia poderá ser simplesmente um jogo de maldade das pessoas, para te afastar do teu amado, ou quem sabe se isso não é uma farsa armada pelos teus pais .
- Será Milena ?
- Sim, do jeito que o teu pai é um dos poucos milionários daqui, ele tem medo que arrume um herdeiro e tome as coisas dele, quem não quer ser teu amado, ele tem medo que se encoste em ti um herdeiro, certamente ele tem medo disso.
- Milena, o Luciano, me mostrou uma fotografia.
- Tua ? Perguntou a amiga.
- Pareceu, mas não tenho certeza, dizendo ele, que era quando eu era pequenina.
- Esqueça isso meu amor, a vida é para ser vivida, portanto viva o seu grande amor na vida. Por que está desesperada ? Case com ele. Tenho certeza que ele te ama, ou melhor os dois se ama e não podem fantasiar esse desti8no.
- Na verdade eu o amo, e essa conversa tenho certeza que não perturbará o nosso relacionamento, te prometo que vou convence-lo a casar comigo mesmo que seja contra a vontade dos meus pais e dos que dizem que somos irmãos.
- Lucianna , antes de tudo satisfaça os seus desejos, para depois satisfazer os outros.
- Ah, ía esquecendo de te avisar, o pai dele, também não me aceita.
- Ele é melhor que tu ?
- Não.
- Então.
- Cabeça dura como é o meu pai
- Não ligue para isso, no final darás a volta por cima e serás feliz.
- E o Alexandre ?
Antes que Milena respondesse qualquer coisa,surgiu repentinamente entre elas o Fernando, que alegre as cumprimentou com beijos falando:
- E Luciano, está sumido ?
- Não, é que agora ele parou de sair mais.
- Estão se preparando para o casamento ?
- Quem sabe, respondeu sorridente.
- E tu Milena, como está ? perguntou ele.
- Bem.
- Bem mesmo ?
- Sim, por que não ?
- E o rapaz ?
- Que rapaz ?
- O namorado ?
- Está bem ?
- Tu também, hein ?
- O que eu te fiz, cara ? Perguntou ela em tom áspero.
- Calma, não fique nervosa, estou apenas brincando contigo.
- Não quero brincadeiras contigo.
- O que ? Não entendi, e foi-se aproximando-se dela.
- Ensurdeceu, depois que voltou do Recife ?
- Ensurdecí por tua causa.
- Bobeira sua, seu bobalhão.
- Não me xingue por que ainda te amo.
- Pare com isso, Fernando.
E Lucianna falou:
- Por que brigam todas as vezes que se encontram ? Deixem os amores dos senhores se espalharem, e se unam também.
- Eu não quero mais nada com esse bicho, respondeu ela orgulhosamente.
Aproveitando a distração da Milena, Fernando avançou sobre ela, segurou firmemente  e a beijou forçadamente chupando-lhes os lábios, enquanto ela sacudia-se toda, querendo-lhes atingir o rosto com tapas. Ele segurou as maos dela dizendo:
- Não se bate no homem que agente ama, a muito te procuro e está sempre a fugir de mim, o que acontece ?  Não sabes que eu te amo ?  E pela segunda vez chupou-lhes os lábios, enquanto ela fechava os olhos e somente balançava o corpo calmamente assim como o vento, balança a roseira nas manhãs frescas de Setembro.
E Lucianna falou:
- Eu sabia que se amavam.
- Agora, tu vai mandar aquele moleque que arrumou apenas para me fazer pirraça, vazar, ir embora, ele não te merece, por que eu é que te amo, te adoro...te adoro e te adoro.
- Prometo que o despacharei, por que eu também te amo e nunca tive a coragem de te revelar, o meu orgulho sempre me sufoca, mas eu te amo.
E virando-se para Lucianna, Fernando comentou:
- Agora a realidade é a seguinte, tu casas com o Luciano e eu com a Milena e vivemos felizes.
Os três ainda trocavam idéia quando apareceu Alexandre e percebendo que a Milena ainda estavam abraçada com o o Fernando, disse:
- Que mulher és tu, tens compromisso comigo e está abraçada com esse cafageste ?
Nem deu tempo dele fechar a boca e Fernando desferiu-lhe um soco no rosto, e o menino caiu tonto, enquanto ele ficou lá estendido no chão os três fugiram  em direção diferente, e Alexandre estendido com o corpo ensangüentado.
Após muito tempo depois da confusão, Luciana saiu para a casa de Luciano e Fernando com a Milena desapareceram.
Chegando na casa de Luciano, ela encontra a velha Herminda a porta.
- Bom dia senhora, cumprimentou.
- Bom dia, respondeu a velha.
- Luciano, está ? Perguntou.
- Não.
- Aonde ele foi ?
- Não sei menina.
- Puxa, queria tanto falar com ele.
- Ele saiu, resmungou, outra vez a velha.
Luciano estava em casa e dentro do quarto, de lá ele escutou a namorada falara e reconheceu A voz por isso saiu à janela e respondeu:
- Estou aqui querida.
Ela virou-se para Herminda e falou:
- Como és invejosa. Adquiras com o teu suor aquilo que desejas. Faça como eu, lute pelo teu ideal, por uma sedução, por um deslumbro, por uma esplêndida realidade do teu amor e dos teus sentimentos, De que vale bajular os meus sentidos e os meus direitos, perante a sociedade ? Por que quer torturar os meus direito, só por que amo o menino que criaste ? Puxa, eu to é tu uma velha que tem idade para ser a minha mãe, nunca te falaram que a mentira não leva a pessoa a nenhum lugar. Por que me persegues, mulher ?
- Eu não te persigo, tu está é louca.
- Persegue sim, toda vez que eu venho aqui tensa sempre uma frescurinha para me dizer, tens que compreender que a u nica coisa que fizeste foi criar ele, por que quem o ama de verdade sou eu. E ele irá casar comigo, ele será o meu marido fique sabendo disso, e foi isso que eu vim ter avisar.
- Sai da minha porta sua gata borralheira.
Da janela Luciano ouvia toda a discussão e não dizia nada, e Lucianna respondia:
- Borralheira és tu, é melhor procurar um o teu lugar, cá entre nós não te cabe, vai enxugar os teus pratos ou plantar tomate no cimento e ver se dá batata, sabia ?
Depois de algum tempo ele veio ter com elas:
- Gente que feiúra, duas pessoas de bom grado nessa baixaria, parem com isso, isso é vulgar.
E Lucianna respondeu:
- Imaginas se uma pessoa te ataca, somente com a finalidade de querer te desmoralizar, é o suficiente que abandone essa pessoa, o tempo a ensinará, e a lei do tempo é a repreensão, eu acho que a língua tem de ser o controle do corpo e não o contrário do que importa termos cabelos lindos, crespos, belos, elegantes, fascinantes, encantando a tudo e a todos se a moral dessas pessoas estão abaixo do solo que toco os meus chinelos ? Assim é a personalidade dessa velha., sabia ?
- Cretina, exclamou Herminda e deu-lhes a costa.
Após Herminda se retirar ele disse carinhosamente:
- Ainda está nervosa ?
- Estou.
- Não fique assim, não te quero assim.
- Como não me queres assim se venho tratar contigo um assunto sério e encontro em minha frente essa porcaria de velha.
- Deixa disso, repreendeu ele e beijou-a, outra vez.
- Está bem, estou aqui para tratarmos de um caso sério, que vai fazer agente feliz demais.
- Que caso é, pode falar ?
- Antes de tudo quero avisar que Fernando e Milena voltaram e estão namorando.
- O que ? indagou ele alegremente arregalando os olhos e sorrindo, deixando transparecer um instante de alegria, era esse o desejo dele de ter os amigos juntos.
- Então assim como é belo ve-los unidos, te peço que façamos assim também, afinal por que tanto essa conversa de manos, deixa isso pra lá, esqueça isso e vamos partir para o nosso casamento, isso é que é fundamental no nosso relacionamento humano.
- Casamento ? Perguntou ele.
- Por que ficar nessa aí, temos de casar novo para quando chegar a velhice, termos filhos que cuide de nós.
- Mas, dois irmãos casando ?
- Luciano, eu não te aceito como irmão e sim como meu amante, te amo como se fosse uma pedra de brilhante que tenho e não deixo ninguém ver, e essa pedra eu tenho para dar ao homem  que casar comigo, por que nela está a sorte dele de ganhar o premio mais sofisticado do mundo, e se ele gostar de esportes e ver aquela pedra pequenina, e mesmo assim  casar comigo será um atleta consagrado, pode até se consagrar como se consagra os atletas olímpicos.
- Pedra misteriosa,hein.
- Eu te amo também e vou esquecer essa conversa de manos e vou me casar contigo.
- Era essa a resposta que eu esperava.
- Mas, e se os nossos paus não aceitarem ?
E ela indagou:
- Gostas de mim?
- Gosto, respondeu ele.
- Quando agente ama de verdade, agente não abandona as pessoas.
Esquecendo de tudo a mente dos dois apenas se voltavam para o casamento.
Luciano disse:
- Somente a mulher que eu amo, foi capaz de fazer eu mudar de idéia.
- Por que ?
- Por que antes de te ver eu não pensava nisso. então, temos 13 anos, possuímos a mesma idade, falam que somos irmãos, pelo menos os amores fica apenas debaixo de um mesmo teto, mas tem uma coisa os nossos padrinhos serão Fernando e Milena, concordas ?
- Concordo, e beijou-lhes a boca.
E após acertarem data, mes, dia, essa coisa que entra para a historia dos matrimônios, ela despediu-se dizendo:
- Convida o teu pai e todos os teus amigos e, voltou para casa.
Chegou em casa encontrou a família reunida e entrou cantando:

" Que queixas tenho eu
Se realizo em vida
O desejo louco de ter
Em mãos o ser que eu
Amei demais e jamais
Recusou o meu canto
E não encabulou-se quando
Pedir-lhe a mão e matrimônio.
Ele quis assim
Por que ama a mim E somente eu
O amo assim
E não cansarei
Por que amanhã ao lado dele
Me deitarei, depois de sair da igreja. "

- Que canto mais triste, menina Lucianna ?
- O que foi Julia, fica na tua.
E passou para o seu quarto e ficou a imaginar:
- É justo que seja atirado nos campos da vida as amizades e revoltas, principalmente quando se tem em mãos o homem que se ama, por que se formos buscar opiniões dos outros sabemos o que dá, por que sempre será mais fácil um homem corromper uma nação inteira do que o contrario. Sei que falta aplausos a qualquer um, principalmente quando a quem me refiro é uma pessoa privada como eu e que não querem deixar ter o direito  de amar. Pensando bem, todos tem direito a vida, até os gatunos eles merecem sim, serem recolhidos a selas, torturados nunca. Mas o que está em jogo é o meu casamento e o meu pai tem que ficar sabendo, ele tem que está consciente do que está acontecendo, por que a vida é a coisa mais seria que possuímos, é a vida que alimenta toda a nossa vaidade, todos os sentidos e sentimentos. eu ficar trancada neste quarto não vais resolver absolutamente nada, eu tenho que dizer que é exatamente para eles me ajudarem em minha festa, por que mais vale eu falar agora e casar com o homem que amo do ficar pra titia plantando batatas, ou esfregando cabeça de prego, pelas calçadas molhadas das cidades. Eu que uma expressão, um documento de amor é importante. Mas quando solitariamente obtemos um canto reservado somente para os dois, fico a pensar de como será o meu paraíso e do Luciano, quando estivermos em nossa afável lua de mel. Por que esse meu momento eu quero passar no sítio entre arvores, observando somente a campina rasteira beijando o chão. e quando o sol cochilar eu quero cair nos braços daquele meu amado, esfregando o meu corpo contra o dele. Quero ver os seus passos como contorno abrindo espaço para que eu possa passar, por que nada belo existe do viver. Belo, mesmo é curtir a floresta que delira quando observa dois corpos namorando, despecebidamente deixando tocar lábios contra lábios, por que é a formusura de homem. Por que como dizia o poeta; os olhos são dois focos de luzes que ascendem sem percebermos e apaga-se ao chocar-se um contra o outro quando se verem envolvidos em beleza.  E ao poeta, sempre pelas poesias, pelos teatros, pelos que colaboram com ele, contribuindo para o seu engradecimento. E agora que já tracei os meus planos, já são quase meio dia, e a mesa já está arrumada eu vou revelar o meu segredo a esse pessoal.
E saiu do quarto tranquilamente, sentando-se à mesa entre Quincas e a governanta e foi falando:
- Pai, quero lhe pedir uma colaboração, por que eu vou me casar.
- Arregalando os olhos num momento de súbito ele repetiu:
- Casar ?
- Sim, estou prostituída, e não sou mais nenhuma donzela, disse ela.
- Não, não posso aceitar isso, és muito nova.
- Deixa pai, eu sei o que estou fazendo.
Quincas não gostou de saber que tinha dentro de casa uma menina não donzela, ele não se conformou, passou um mes sem falar com a menina, mas depois falou com amigos, ouviu conselhos e aceitou colaborar.
Depois de muito tempo anunciou a festa e disse:
- Não te darei nenhum presente agora, somente dentro da igreja.
- Sim, aceito, respondeu ela.
Luciano ainda não consultou o pai,o que soube por boca de vizinhos e o deixava triste por que sabia que os dois eram irmãos, somente agora ele se circundava do abandono deixado pelos dias que se passava e faltava poucos dias para aquilo se realizar, para que eles vivessem lado a lado eternamente como se fossem pessoas de famílias diferentes.
Na cidade durante a semana do casamento era somente em que se falava, via-se os dois sempre de mãos dadas, exibiam-se em bares e botecos com alegria em noites nostálgicas de cantos e poesias.
Enquanto isso  Herminda chorava deliberadamente, como se estivesse perdido um ente queridi da família com a morte.
Ela não aceitava aquilo.
chegou a véspera do casamento, o dia estava agitado, o tempo em Arari era nublado, esquisito, para uma estação tropical.
Quincas chamou a filha e disse:
- Eu não vou te dar aliança para colocar no dedo por que prostituta não pode usar aliança entrando na igreja.
- O Luciano já comprou uma pai, obrigado pela sua.
Os bolos, os comes-e-bebes,não sairam dos fornos, o véu, a grinalda, o vestido branco como um pedaço de algodão, o verdadeiro vestido de noiva era todo instante exibido aos pais, e as meninas que tinha uma amizade mais próxima, quebrando uma tradição de que roupa de noiva não se mostra.


VIGESSIMO TERCEIRO CAPITULO DE LUCIANNA



VIGESSIMO TERCEIRO CAPITULO DE LUCIANNA



A noite úmida e a cidade banhada pelo lamaçal, ainda assim a mocidade não deixava de ir até a Praça da Bandeira, para colocar em dias as conversas de bares e botequins.
E Luciano está ali solitário entre tantos outros, quando percebe que Lucianna se aproxima dele, ele meio que desolado ao vê-la, mas segurou o nevosismo, mas ela foi se aproximando dele e perguntando:
- Ué Luciano, qual é a tua ?
- Diga meu, o que é que há, e foi logo beijando-a.
- Luciano, qual é a tua ? tornou a perguntar pela segunda vez.
- Não estou entendendo o que me perguntas.
- Estás pensando que somente pelo fato de eu gostar de te eu vou ficar a vida inteira me arrastando para te encontrar ? Não acredites nisso por que a vida ficou para ser vivida e não vegetada, não pense que vai ficar me enganando a vida toda, se não quer mais me namorar chegue e fale que agente termina e tudo fica numa boa.
- Calma, minha amada, nada é como tu está imaginando, sabes perfeitamente que eu te amo, já disse que és a mulher mais bela desta terra, eu te amo e sempre te amarei e jamais deixarei de te amar, para mim tu sempre será um complemento para a minha vida, só que agora estou te amando de um maneira diferente, estou te amando na verdade de um jeito que só tu merece, um amor fraterno.
- Qual é Luciano ? Perguntou ela outra vez.
- Acalme-se e ouça o que estou te falando, tens o direito de me ouvi e como falei fazes três anos que estamos com este romance, descobrir muita coisa, muitas são as surpresas. E metendo a mão no bolso, puxou a carteira e dela a foto e mostrou dizendo;
- Conheces está pessoa ?
Ele ficou calada e ele continuou:
- não é para ler o que está escrito atrás.
E ela disse:
- Parece comigo, quando eu era bebê, o meu pai mandou tirar uma foto minha quando eu tinha um aninho, parece com esta, é igualzinha, igualzinha não, quase semelhante, veja o meu narizinho, os olhos se parece com os meus, não achas ?
- Não será tu ? Perguntou ele.
- Quem sabe, respondeu ela.
E ele perguntou novamente:
- Tu se acha parecida, comigo ?
Ele calou outra vez e ele tornou:
- Fale, não fique muda, por acaso perdeste a língua ?
- Até logo.
- Lucianna....Lucianna, ele berrou enquanto ela foi-se afastando cada vez mais para longe.
Ele ficou ali no banco curtindo a solidão do tempo e observando as águas do Mearim que subia rio acima.
Ela foi para casa, era um pouco tarde da noite, mas ela não estava preocupada com isso. Chegou encontrou a governanta na porta que lhe perguntou:
- O que desejas, menina Lucianna
- Podes ir até o meu quarto, agora ?
- O que houve ?
- Lá eu te falo.
As duas foram para o quarto da jovem, sentaram e a menina falou calmamente;
- Eu te chamei aqui, por que sou sincera e sempre serei sincera contigo.
- Podes dizer o que desejas, menina Lucianna.
- Desejo saber a verdadeira versão daquele assunto que tu e a minha mãe estavam conversando, quando adentrei a sala naquele dia.
- Qual dia ? Fingiu ela como se estivesse esquecida.
- No dia em que entrei na sala e falavam de filhos adotivos.
- Esqueça isso menina, imaginas que estávamos falando de ti.
- Vai Júlia, comenta, me fale a verdade, eu tenho mais ou menos base do que falavam naquele dias, por favor não represente agora, até por que és uma péssima atriz, por que mentir se todos sabem da realidade ?
- Qual é a realidade, meniana ?
- Vamos Júlia, não represente.
- Eu, nada sei.
- Me ajude por favor.
- Quer saber da verdade Lucianna, eu não sei de nada, procure a sua mãe que ela lhe narra do que conversamos, vá dormir menina, por que estás tão preocupada com bobagem ?
- Nada de bobagem, estou mais ou menos sabendo o que esta acontecendo, não adianta fingir, vamos eu sei de tudo, eu sei que a dona Ilvã, falou alguma coisa para ti, diga, não me engane, não adianta mentir.
Olhando demoradamente para Lucianna ela disse;
- É ela me falou uns casos ai, sobre tu.
- Que caso ? Revele-me, para eu ver se é na realidade como percebo que é.
- Menina Lucianna, por que estás tão interessada nisso ?
- Calma Júlia, me conte realmente o que a dona Ilvã te falou.
- Eu vou ser franca contigo, mas pelo amor de Deus não envolva o meu nome, se algum dia quiseres revelar ao seu Quincas que ele não é o teu verdadeiro pai, faça do jeito que quiseres, mas nunca diga que eu falei alguma coisa.
- Júlia, eu quero saber, é o que ela te falou, a dona Ilvã ?
- Ela falou o que tu já deves saber, que tu és uma menina adotada, mas até hoje não conseguiram encontrar o teu verdeiro pai, por quer tu foste depositada na porta deles dentro de um cofo, é isso que queres saber ?
- Ele olhou para Júlia e disse:
- Pare jula, agora podes ir para o teu quarto.
A menina sentiu o golpe, ela chorou bastante, ela nunca imaginou que fosse filha adotiva e nem esperava saber que fora abandonada pelos pais.
Júlia saiu do quarto e a menina lastimou-se:
- O Luciano, deve saber de alguma coisa, talvez por isso ele tenha mudado repentinamente o comportamento dele para comigo, e aqueles professores ficam enchendo o saco dizendo que parecemos um com o outro, sendo assim o meu pai é o mesmo do Luciano. Mas, ele não poderia ter agido assim, por que motivo ele me abandonaria dentro de um cofo ? Mais antes ele tivesse me jogado no fundo do mar, com uma pedra amarrada no pescoço. Pelo menos no fundo do mar os peixinhos faziam festa com o meu corpo e não deixava eu ser espancada assim, como sou hoje, simplesmente roçavam em mim, suas escamas e seus pelos lisos e frio. Na verdade se essa conversa for verdadeira eu não passo de uma gata borralheira, em sala de lobo.
- Não te apavora com isso Lucianna, disse Júlia.
- Não estou apavorada, estou é decepcionada.
- Não devias te falado nada a te.
- Eu já sabia, é apenas mais uma página para o meu diário, entendeu ?
- Vou te pedi, esqueça isso.
Ela virou-se para a governanta e disse outra vez;
- Vou te pedir, sai daqui, quero ficar só. E levantou-se olhando demoradamente para a governanta e, quando esta ia saindo ela tornou a dizer:- Amanhã, me chame bem mais cedo do que de costume. bem cedo. quero encontrar com o meu namorado, o meu irmão e saber da verdade, quem é o meu pai.
- Menina Lucianna, esqueça isso.
- Júlia, faça o favor de ouvir as minhas ordens.
- Tudo bem, respondeu ela retirando-se do quarto e caminhando pelo corredor, enquanto a menina indagava:
- Por que só aparece problemas em minha vida  ? Por que tanta luta contra a minha pessoa, enquanto muitos estão aí jogados como filhos sem pai. O que fazer agora meu santo ? Tanto que faço. Rezo pela preservação da paz, enquanto muitos dizem que a paz e amor sempre resume-se em nada, principalmente quando não pretendemos dar, mas na realidade só os bons romances merecem amor. O meu por exemplo não foi um bom romance por que, namorei quase três anos com o meu próprio maninho, o beijei não como mano, mas como se fosse o meu eterno namorado e, até  pensei em marcar o noivado, mesmo contra a vontade dos velhos, e entendo que tinham razão e somente agora entendo, do por que eles serem contras. Sendo assim meu doce e hábil sentimento, jamais poderei ser culpado do meu romance ter sido um fracasso, porém agora só me resta imaginar o que eu vou fazer. Cruzar os braços ? Não. Não, isso eu não vou fazer, isso só se comunga com o comportamento da mulher mediana, agora a minha vida mudou, vou reunir a turma e narrar esse caso detalhadamente e, certeza tenho que ele sabe de muito mais caso do que eu. Sei que  conseguirei alguma coisa, afinal Deus é uno, e verdadeiramente deixa as coisas acontecerem naturalmente. Todos os homens se amam com o seu jeito de ser, por uma conversa aceitável, por não permitir preconceito jamais, como eu sempre agir e estamos nós é verdade em uma época de abertura e não é justo que uma mocidade que se diz moderna e atualizada aceite preconceitos, portanto seja lá o que for, eu jamais esquecerei da cena que fiz com o meu namorado e irmão. Ainda não deve ser tempo dele me procurar para restauramos as vidas. O que fizeram comigo não revelando nada foi uma injustiça e, sempre irei combater a injustiça, mesmo quando ela é usada como vingança. E jamais, jamais esquecerei que a governanta me dissera que eu fui deixada dentro de um cofo, como fosse eu um lixo qualquer, não posso aceitar isso, e se eu pudesse gritar agora para que todos os povos da terra me ouvisse, eu diria " HOMENS DO SÉCULO  VINTE, É HORA DE CESSAR O ÓDIO, A MÁGOA E FAÇAM NASCER NA TERRA A PAZ, O AMOR, A JUSTIÇA" por que , a mim, só me resta deitar e dormir.
Ela sentou-se na cama e olhando para o céu exclamou:
- Qual é o mal meu Senhor, para pague uma pena enorme ?
Ai ela deitou-se cobriu-se e dormiu.
No dia seguinte...
Muito cedo a governanta bateu á porta do seu quarto,a Ilvã percebeu e vagarosamente  abriu a porta um pouquinho sem fazer barulho para ver, o que acontecia e viu Lucianna andando pelo corredor, como quem ensaiava alguma coisa. ainda de chambre a menina parecia esta se preparando para uma apresentação. Ela olhou, observou e depois de muito tempo, interrompe a filha perguntando:
- Que fazes a está hora de pé ?
- Por que me vigias, mãe ?
- Quero apenas saber aonde vais, está hora ?
- Eu é que preciso saber, por que esconde tanto de mim a verdade, se eu já sei que não sou filha legitima dos senhores.
Muito assustada e levando a mão à boca ela perguntou:
- Quem te falou, isso ?
- A vida nada esconde de ninguem, no individualismo de cada um é que se esconde as vaidades principalmente quando percebemos que estamos misturados com a falsidade, a hipocrisia, com os plutocratas, ou então quando os ímpios começam a querer mostrar ao mundo as suas qualidades. Por que eu nunca esquecerei que a inveja é um ato dos covardes e preguiçosos, ela é a mana dos roubos, da vingança e, esses comportamentos mesclados à falsidade ou covardia, entenda como quiser é que fere as personalidades das pessoas.
- Com quem está aprendendo estas palavras bonitas, Lucianna ?
- Com a vida, ela também tem a versão do amor, não somente da dor, da safadeza, da sem-vergonhice, da mentira,do gostar, dói saber, do querer, e principalmente ela ensina a força de toda pessoa querer ser ela mesma, afinal a vida não aceita fantasias.
- Como tu estás sagaz.
- Não estou sagaz coisa nenhuma, desejo e tenho o direito de saber quem é o meu verdadeiro pai,senão vou por a boca no trombone e terei a força que descobrir a minha descendência. Por que o meu mano eu já descobrir e já  o encontrei.
Ela ouvia tudo, ficou pálida e amenina perguntou:
- Por que ficas pálida com a verdade, mamãe ?'
Lucianna, correu para o quarto, a mãe também e pôs-se a andar de um lado para o outro sem fazer nenhum ruido. Lucianna, bufava de raiva por não ter obtido nenhuma r4esposta da mãe. A Ilvã esta indecisa sem saber o que fazer, ela não saberia qual seria a reação da menina se afirmasse alguma coisa. De tão agita e insegura que ficou, começou a acariciar o rosto do esposo que acordou. Quincas não era um homem rustico, mas as vezes deixava a desejar em suas relações de intimidade com a esposa, ela na verdade era uma amante de prostitutas, e para elas exibia sem cerimonias as suas riquezas e benesses em bares  e botequins, adorava um a mesa de carteados em cassinos, sem que nessas horas se importasse com o pobre coração.
- Quincas...Quincas !?
- Falas, o que tens ?
- Estou sem sono, respondeu ela.
- È querida, como gosto de ver assim, vestida e toda sex.
- Mas, não é a primeira vez que me ver assim, respondeu ela.
- é claro que não. E sorriu meigamente dizendo:- sente-se aqui, disse mostrando a beira da  cama e continuou:- o que fazes acordada a esta hora ? e olhando para o rtelogio continuou:- agora são seis horas da manhã, ainda é muito cedo, além de que hoje é uma quarta feira. Por que e para que levantar tão cedo ?
- Querias conversar demais contigo, sobre a Lucianna.
- Fale, mas fale baixinho para que ela não nos ouça. O que ela aprontou dessa vez ?  Será que ela está querendo acabar com os nossos dias de vida ?
- ela não aprontou nada, somente acho que chegou o momento de dizer a ela que somos apenas pais adotivos dela.
- Não. Não faça isso, para que falar, qual 'o benéfico que iremos ter ?
- E quando ela descobrir ?
- Não pense nisso Ilvã, nem eu mesmo sei quem é o pai legitimo dela. e tem mais nem a governanta jula poderá saber desse assunto, isso é uma coisa totalmente proibida aqui de se comentar. Se acontecer dela saber as coisas se complicam, ou já falaste alguma coisa para ela ?
- Não. Não falei nada
O casal estava no quaro, mas Lucianna e a governanta trafegavam pela casa. Lucianna estava diferente dos outros dias, tinha um pedaço de pano amarrado na cabeça, um lenço vermelho pendurado no pescoço e um chambre fino sobre a camisola deixava transparecer as pernas torneadas e elegantes. Sentada á mesa percebeu que o casal havia levantados. Recebeu a benção deles enquanto eles cumprimentavam a governanta, ela foi dizendo;
- Seu Quincas, quero falar contigo.
Ele respondeu:
- Não tenho tempo a perder, vai estudar que tem melhor resultado, disse em tom grosseiro e, saiu para o banheiro social da casa, enquanto Ilvã olhava desolada para afilha.
E a menina perguntou:
- Estão escondendo alguma coisa de mim ?
Momentos depois ele voltou para a copa e todos sentaram à mesa, serviram-se do café, com exceção de Lucianna, que apesar de está ali presente não ingeriu nada.
- Pai...? ! ...pronunciou ela, enquanto Ilvã olhava assustada para Júlia, em uma demonstração de insegurança, medo e malícia.


VIGESSIMO SEGUNDO CAPITULO DE LUCIANNA



VIGESSIMO SEGUNDO CAPITULO DE LUCIANNA


- A quem telefonavas ? quis saber o velho.
- A um amigo, respondeu ela.
- Não minta, fale logo se era para aquele desclassificado.
- Pai.
- Por que mentes ?
- Foi a ele sim.
- Não sei aonde estou com a cabeça que não te arrebento toda.
E saiu em direção á copa chamando:
- Júlia.
- Pronto chefe estou aqui.
- De agora em diante a Lucianna esta proibida de usar telefone nesta casa.
- E será que ela me atende ?
- Por que moti9vo ela não atenderá ? Quis saber ele.
Os dois ficaram na copa conversando, enquanto ela correu para ao quarto e trancou-se.
- É um cativeiro essa minha vida, resmungou ela.
Na casa de Leonardo, estavam á mesa almoçando quando o filho perguntou:
- Pai, a minha mãe, teve quantos filhos mesmo ?
- Luciano, tu já me fizeste essa pergunta para mais de cinqüenta vezes. E sempre te respondi que a tua mãe teve apenas um filho que foste tu e, morreu em conseqüência de complicações de parto e erro médico.
- E o senhor nada fez com os médicos ?
- Não.
- Essa conversa está enrolando todo o meu juízo, ontem tu me disse que quem cuidou dela foi a Rosa Nuda, agora tu me fala em erro médico.
Ele parou de mastigar e falou:
- E por que estás tão interessado em saber disso ?
- Por que de agora em diante tudo o que for sobre a minha mãe, eu vou querer saber, vou fazer um levantamento total da vida dela.
A conversa parou por ali, instantes depois se levantaram da mesa, Luciano se arrumou e saiu para a escola, Lucianna, já o esperava na porta. ao vê-lo, foi ao encontro dele, beijo-o e disse;
- Vamos entrar ?!
- Já.
- Se quiseres, eu já vou entrar.
Ela o pegou pelo braço e disse:
- O que eu te fiz que estás tão diferente comigo, afinal por que estás mudando o teu comportamento ? Não eras assim, puxa, tanta coisa que eu tenho passado por tua causa e agora queres me abandonar ? veja bem, só me beijou por que eu o beijei primeiro.
- Não é nada disso, eu te amo demais sabes muito bem, não encontro uma mulher mais meiga, mais carinhosa, mais fascinante que tu, eu te amo de verdade. E roçou o queixo contra o rosto dela.
- E o beijo, não vai dá; pediu ela.
- Faltou-me a coragem.
- Coragem de me beijar, Luciano ? Perguntou ela.
- Vamos entrar, convidou ele.
Os dois caminhavam para adentrar no Estabelecimento de Ensino, quando Luciano disse:
- Lucianna, eu não assistirei aula hoje, podes ir, eu não vou.
- Por que ?
- Estou me sentindo mal, disse ele.
- Então até mais tarde, os dois se beijaram carinhosamente, Luciano ficou sentado no meio fio em frente a escola, em cima dos livros e ficou pensando:
- Agora eu vou na casa de dona Rosa Nuda, por que eu tenho que provar a mim mesmo se essa menina, é ou não é a minha irmã. E levantou-se, colocou os livros debaixo do braço e saiu.
Pouco mais de trinta minutos estava no bairro do Cruzeiro, foi direto para a casa de Fernando, que não estava em casa. Encontrou apenas a mãe dele e foi logo perguntando:
- Aonde mora a senhora rosa Nuda ?
- Nessa outra casa vizinha, e saindo a porta continuou:- é essa velhinha que está na porta fazendo tricô.
Saiu e aproximou-se dela dizendo:
- Boa tarde tia.
- Boa tarde, filho, respondeu a velha.
- A senhora que é a Rosa Nuda ?
- Estás diante dela, por que ?
- Mesmo.
- Desejas alguma coisa  ?
- Não, somente bater um papo com a senhora.
- Então pode sentar.
- Obrigado.
E carinhosamente ele falou:
- A senhora não lembra de mim ?
- Não.
- Eu sou o filho do Leonardo, que trabalha no tear.
- Leonardo, eu conheço, ainda lembro dele, tu és o Luciano, não é ?
- Sim, sou.
- Eu que fui a parteira que assisti a tua mãe.
- A senhora ainda lembra ?
- Claro que lembro, me recordo perfeitamente, vocês são dois não é isso ?
Luciano ficou calado, nada respondeu e ela continuou:
- Lucianna, é o nome da tua irmã, é isso, mesmo ?
- É, respondeu ele meio sem graça.
- Eu conheço a tua família inteira, quando a tua mãe morreu, vocês dois estavam com 90 dias de vida, teu pai já te falou isso ?
- Já, respondeu o menino monossilabicamente.
- Ainda bem.
- Dona Rosa Nuda, a senhora sabe como foi que a minha mãe morreu ?
- filho eu não sei direito, o que ouvi na época, foi que o teu pai queria dá a menina, como ela não queria ele a deu contra a vontade, alegando não ter como sustentar, eu não sei bem o que houve por lá, o que se fala é que quando ele voltou de dá a menina, a encontrou morta, com os dois punhos cortados, essa é a versão que toda a Arari sabe.
- Era isso que eu queria saber.
- Por que ?
- Mesmo tia, agente tem que saber da vida da gente, por que ficar bisbilhotando a dos outros ?
Os dois conversaram a tarde inteira. Rosa Nuda alegre, satisfeita, sorria a cada expressão que Luciano dizia, sempre com o seu jeito humilde de conquistar as pessoas.
Já no cair da tarde ele despediu-se da velha e voltou para casa. Imaginando que o pai estivesse no tear, passou direto para a casa de Herminda que disse:
- Agora que voltas da escola ?
Ele se aproximou dela e falou:
- Nhá Minda, tu que gostas de está se intrometendo na vida dos outros, saiba que me engana a quase quatorze anos.
- Por que falas assim, menino ?
Ele calou-se e não disse mais nenhuma palavra e retirou-se para a sua casa solitariamente a pensar :
- Tenho eu que mudar o meu comportamento com essa menina não podemos de maneira nenhuma sermos amantes, temos que nos decidir, mas preciso ver como o meu pai vai reagir, quando souber que eu sei de toda a história. Mas, ele tem que saber que eu sei, afinal de contas, somos uma família, e a família  que se preza debate os seus assuntos internamente, e é exatamente isso que eu vou fazer, quando ele chegar.
Ele abaixou a cabeça e começou a rabiscar no chão os nomes do pai, da mãe e da irmã e, ficava penando:
- Dona Rosa Nuda, deve saber de mais coisa, se a minha amizade com ela fosse mais forte, com certeza ela me contaria mais coisas, os dias passam e a verdade virá atona, ela não se esconderá. Depois de muito tempo, levantou-se dali e entrou em casa. Ali ele encontrou o pai que estava deitado no quarto num momento de descanso.
Luciano, disse ao vê-lo:
- Não foste trabalhar ?
- Não, respondeu ele.
- Fiquei na porta um tempão, imaginando que estivesse no tear, o que houve, está se sentindo mau ?
- Nada disso, é que a exportação de redes está pouca.
De repente começa a cair uma chuva intensa sobre a cidade de Arari, a correnteza descia ruas abaixo alagando tudo, outra vez um clima frio caiu também sobre a cidade, estranho que o região é tropical, depois de algumas voltas pela casa, Luciano, retorna ao quarto aonde está o pai e o livro com a fotografia dentro e começou contempla-lo, mas repentinamente foi aonde o pai estava e disse:
- Pai, quero falar contigo.
- Pode falar filho.
- Não quero que se zangue comigo, por que o que vou te falar todo mundo sabe, até mais que eu, promete
- Todo mundo não filho, eu pelo menos não sei.
- Não se faça de inocente pai.
- Eu não sei o que dizes.
Luciano, sentou-se na cama e perguntou:
- Pai, por que tu não me revelou que a Lucianna, é minha irmã ?
Assustado ele deu um pulo da cama e respondeu perguntando:
- O que ?
E o menino falou firme:
- Não represente pai, me enganaste todo esse tempo, e agora quando eu toco nesse assunto, finges não saber de nada, sei que a minha mãe teve uma filha e sei ate que ela morreu em conseqüência da separação dessa menina, a minha irmã.
- Menino, disse ele baixinho quase sussurrando.
- Calma pai, não fique nervoso, eu que sou eu estou calmo, por que te afliges ? por que viver mentindo esse tempo todo, por acaso não sabe que alem da mentira ter as pernas curtas, um dia eu descobriria tudo ?  Por mais bobo que seja o individuo, isso não vale, por que mentir tanto amim que foram os médicos que mataram a minha mãe ?  Que fantasia é essa, naquela época nem em hospital a minha mãe passou ? Eu sei da historia inteira, eu já conversei com a dona Nuda e ela me revelou um monte de coisa, agora eu te pergunto; por que não ficaste coma Lucianna ?
Leonardo chorou copiosamente e disse ao filho:
- Não querias que soubesse dessa historia, meu filho.
Passando a mão na cabeça dele o menino respondeu:
- Não chores, por que estás sendo covarde contigo mesmo, e a minha mãe que nem teve tempo de chorar, por que ela cortou os pulsos. Por que chorar pai, essas lágrimas te trazem remorsos. pai, tu deveria ter ficado com a tua filha, e agora entendo que o povo tinha razão quando comentava que eramos manos. e eu protestando contra a verdade, contra certeza, contra a realidade que os outros dizia, e eu sendo gozado por amigos e colegas por namorar a minha irmã. Ela coitadinha, inocente, fazendo isso, arrumando aquilo, pensando inclusive em noivado e casamento e te digo mais , estou com a minha cabeça rodando, rodando e Nhá Minda, que gosta tanto de mim, escondeu esse assunto, ela deveria ter me contado antes, não entendi por que tanto me esconderam esse jogo.
Chorando muito Leonardo disse baixinho:
- Eu não imaginei que fosse descobrir isso e fosse me acusar tanto.
- Não estou te acusando de nada, nem mesmo de ser culpado pela morte da minha mãe, estou apenas dizendo que mentiste esse tempo todo para mim e que vai continuar mentindo, até quando eu não sei.
Por um instante Luciano parou, olhou para Leonardo, tirou do interior do livro a foto e perguntou:
- Olhe para isto e vede se conheces, conheces isto ?
Olhando para o filho com os olhos afogados em lágrimas respondeu:
- É verdade que eu dei a minha filha contra a vontade de tua mãe, mas precisas saber que naquele tempo a minha situação era de miséria, não se compara nada com o que é hoje, eu já te falei, que houve um momento em que não tínhamos nem uma xícara de café.
- Não quero recordar as misérias que passaste, o que está em jogo é a realidade, o que está me interessando, é saber do por que não me revelou esse segredo antes.
- Para que, do que adiantaria, para complicar mais as vidas ?
- Não ia complicar nada, assim como assim, eu não descobrir, pegue a foto e me responda, é ou não é Lucianna ? A minha decepção é por que escondeste de mim tudo aquilo que o povo já sabia. e isso não é justo.
Ele chorava mais ainda, como se esti9vesse levado uma surra enorme.
Mas, Luciano disse:
- Não fique assim, não te quero assim. Vamos sorrir, e quando a Luciana souber, por que ela vai ter de saber, e eu voluntariamente já vou romper o meu namoro com ela, não cho9re mais senão daqui a pouco eu me descontrolo, ai eu vou chorar também. Estamos apenas resolvendo os nossos problemas. Deveria ter pensado nisso antes.
- Não me acuse assim.
- Pai, imaginas tu que a Lucianna ficará calma, quando souber que abandonaste ela, alegando não poder criar por está na miséria.
- Pare filho, ó meu Deus, por que não me dá presente neste momento um enfarte, assim tranqüilizaria a minha vida, por que eu só tenho decepções e na minha pele apenas acusações. Por que está fazendo misso comigo ?
- Pai, eu estou aqui e não estou pedindo que me ataque colapso, nem enfarte, ao contrario estou firme pedindo a Deus que me dê coragem de lutar até o fim pela minha vida, e descobrir a realidade isso é que é importante, por que pedi a morte é querer esconder-se dos problemas.
E percebendo que o pai não parava de chora, ele sentou ao lado dele e chorou também.
E disse Luciano:
- Fere a alma, os corpos e os sentimentos de lágrimas,fere a verdade mas não encobre-se, não tem sentido estarmos chorando agora, o que importa é erguermos a cabeça e seguirmos em frente, não importa vermos luas bonitas e nem luares fascinantes se não temos sentimentos, amei aquela menina por quase três anos como namorada, mas agora continuarei amando como irmã. Esquecerei tudo, esquecerei os beijos e que fomos namorados, esquecer5ei que a beijei e desejei como namorada, que a rocei o corpo como namorada, de agora em diante somos irmãos, e fique calmo por que a vida ficou para ser vivida e nunca para ser vegetada.
- Chama a Herminda, Luciano, pediu Leonardo.
- Não, o nosso problema quem vai solucionar somos nós, por que envolver terceiros, se somos nós que temos a solução ?
- Herminda faz parte da nossa família.
Surpreendentemente ela entrava e foi perguntando:
- O que estão falando em meu nome ?
- Herminda?! Herminda ?!
Leonardo levantou-se e a abraçou chorando
- Calma, o que aconteceu ? Perguntou ela.
E virando, viu os olhos de Luciano afogados em lágrimas.








: VIGESSIMO SEGUNDO CAPITULO DE LUCIANNA



VIGESSIMO SEGUNDO CAPITULO DE LUCIANNA


- A quem telefonavas ? quis saber o velho.
- A um amigo, respondeu ela.
- Não minta, fale logo se era para aquele desclassificado.
- Pai.
- Por que mentes ?
- Foi a ele sim.
- Não sei aonde estou com a cabeça que não te arrebento toda.
E saiu em direção á copa chamando:
- Júlia.
- Pronto chefe estou aqui.
- De agora em diante a Lucianna esta proibida de usar telefone nesta casa.
- E será que ela me atende ?
- Por que moti9vo ela não atenderá ? Quis saber ele.
Os dois ficaram na copa conversando, enquanto ela correu para ao quarto e trancou-se.
- É um cativeiro essa minha vida, resmungou ela.
Na casa de Leonardo, estavam á mesa almoçando quando o filho perguntou:
- Pai, a minha mãe, teve quantos filhos mesmo ?
- Luciano, tu já me fizeste essa pergunta para mais de cinqüenta vezes. E sempre te respondi que a tua mãe teve apenas um filho que foste tu e, morreu em conseqüência de complicações de parto e erro médico.
- E o senhor nada fez com os médicos ?
- Não.
- Essa conversa está enrolando todo o meu juízo, ontem tu me disse que quem cuidou dela foi a Rosa Nuda, agora tu me fala em erro médico.
Ele parou de mastigar e falou:
- E por que estás tão interessado em saber disso ?
- Por que de agora em diante tudo o que for sobre a minha mãe, eu vou querer saber, vou fazer um levantamento total da vida dela.
A conversa parou por ali, instantes depois se levantaram da mesa, Luciano se arrumou e saiu para a escola, Lucianna, já o esperava na porta. ao vê-lo, foi ao encontro dele, beijo-o e disse;
- Vamos entrar ?!
- Já.
- Se quiseres, eu já vou entrar.
Ela o pegou pelo braço e disse:
- O que eu te fiz que estás tão diferente comigo, afinal por que estás mudando o teu comportamento ? Não eras assim, puxa, tanta coisa que eu tenho passado por tua causa e agora queres me abandonar ? veja bem, só me beijou por que eu o beijei primeiro.
- Não é nada disso, eu te amo demais sabes muito bem, não encontro uma mulher mais meiga, mais carinhosa, mais fascinante que tu, eu te amo de verdade. E roçou o queixo contra o rosto dela.
- E o beijo, não vai dá; pediu ela.
- Faltou-me a coragem.
- Coragem de me beijar, Luciano ? Perguntou ela.
- Vamos entrar, convidou ele.
Os dois caminhavam para adentrar no Estabelecimento de Ensino, quando Luciano disse:
- Lucianna, eu não assistirei aula hoje, podes ir, eu não vou.
- Por que ?
- Estou me sentindo mal, disse ele.
- Então até mais tarde, os dois se beijaram carinhosamente, Luciano ficou sentado no meio fio em frente a escola, em cima dos livros e ficou pensando:
- Agora eu vou na casa de dona Rosa Nuda, por que eu tenho que provar a mim mesmo se essa menina, é ou não é a minha irmã. E levantou-se, colocou os livros debaixo do braço e saiu.
Pouco mais de trinta minutos estava no bairro do Cruzeiro, foi direto para a casa de Fernando, que não estava em casa. Encontrou apenas a mãe dele e foi logo perguntando:
- Aonde mora a senhora rosa Nuda ?
- Nessa outra casa vizinha, e saindo a porta continuou:- é essa velhinha que está na porta fazendo tricô.
Saiu e aproximou-se dela dizendo:
- Boa tarde tia.
- Boa tarde, filho, respondeu a velha.
- A senhora que é a Rosa Nuda ?
- Estás diante dela, por que ?
- Mesmo.
- Desejas alguma coisa  ?
- Não, somente bater um papo com a senhora.
- Então pode sentar.
- Obrigado.
E carinhosamente ele falou:
- A senhora não lembra de mim ?
- Não.
- Eu sou o filho do Leonardo, que trabalha no tear.
- Leonardo, eu conheço, ainda lembro dele, tu és o Luciano, não é ?
- Sim, sou.
- Eu que fui a parteira que assisti a tua mãe.
- A senhora ainda lembra ?
- Claro que lembro, me recordo perfeitamente, vocês são dois não é isso ?
Luciano ficou calado, nada respondeu e ela continuou:
- Lucianna, é o nome da tua irmã, é isso, mesmo ?
- É, respondeu ele meio sem graça.
- Eu conheço a tua família inteira, quando a tua mãe morreu, vocês dois estavam com 90 dias de vida, teu pai já te falou isso ?
- Já, respondeu o menino monossilabicamente.
- Ainda bem.
- Dona Rosa Nuda, a senhora sabe como foi que a minha mãe morreu ?
- filho eu não sei direito, o que ouvi na época, foi que o teu pai queria dá a menina, como ela não queria ele a deu contra a vontade, alegando não ter como sustentar, eu não sei bem o que houve por lá, o que se fala é que quando ele voltou de dá a menina, a encontrou morta, com os dois punhos cortados, essa é a versão que toda a Arari sabe.
- Era isso que eu queria saber.
- Por que ?
- Mesmo tia, agente tem que saber da vida da gente, por que ficar bisbilhotando a dos outros ?
Os dois conversaram a tarde inteira. Rosa Nuda alegre, satisfeita, sorria a cada expressão que Luciano dizia, sempre com o seu jeito humilde de conquistar as pessoas.
Já no cair da tarde ele despediu-se da velha e voltou para casa. Imaginando que o pai estivesse no tear, passou direto para a casa de Herminda que disse:
- Agora que voltas da escola ?
Ele se aproximou dela e falou:
- Nhá Minda, tu que gostas de está se intrometendo na vida dos outros, saiba que me engana a quase quatorze anos.
- Por que falas assim, menino ?
Ele calou-se e não disse mais nenhuma palavra e retirou-se para a sua casa solitariamente a pensar :
- Tenho eu que mudar o meu comportamento com essa menina não podemos de maneira nenhuma sermos amantes, temos que nos decidir, mas preciso ver como o meu pai vai reagir, quando souber que eu sei de toda a história. Mas, ele tem que saber que eu sei, afinal de contas, somos uma família, e a família  que se preza debate os seus assuntos internamente, e é exatamente isso que eu vou fazer, quando ele chegar.
Ele abaixou a cabeça e começou a rabiscar no chão os nomes do pai, da mãe e da irmã e, ficava penando:
- Dona Rosa Nuda, deve saber de mais coisa, se a minha amizade com ela fosse mais forte, com certeza ela me contaria mais coisas, os dias passam e a verdade virá atona, ela não se esconderá. Depois de muito tempo, levantou-se dali e entrou em casa. Ali ele encontrou o pai que estava deitado no quarto num momento de descanso.
Luciano, disse ao vê-lo:
- Não foste trabalhar ?
- Não, respondeu ele.
- Fiquei na porta um tempão, imaginando que estivesse no tear, o que houve, está se sentindo mau ?
- Nada disso, é que a exportação de redes está pouca.
De repente começa a cair uma chuva intensa sobre a cidade de Arari, a correnteza descia ruas abaixo alagando tudo, outra vez um clima frio caiu também sobre a cidade, estranho que o região é tropical, depois de algumas voltas pela casa, Luciano, retorna ao quarto aonde está o pai e o livro com a fotografia dentro e começou contempla-lo, mas repentinamente foi aonde o pai estava e disse:
- Pai, quero falar contigo.
- Pode falar filho.
- Não quero que se zangue comigo, por que o que vou te falar todo mundo sabe, até mais que eu, promete
- Todo mundo não filho, eu pelo menos não sei.
- Não se faça de inocente pai.
- Eu não sei o que dizes.
Luciano, sentou-se na cama e perguntou:
- Pai, por que tu não me revelou que a Lucianna, é minha irmã ?
Assustado ele deu um pulo da cama e respondeu perguntando:
- O que ?
E o menino falou firme:
- Não represente pai, me enganaste todo esse tempo, e agora quando eu toco nesse assunto, finges não saber de nada, sei que a minha mãe teve uma filha e sei ate que ela morreu em conseqüência da separação dessa menina, a minha irmã.
- Menino, disse ele baixinho quase sussurrando.
- Calma pai, não fique nervoso, eu que sou eu estou calmo, por que te afliges ? por que viver mentindo esse tempo todo, por acaso não sabe que alem da mentira ter as pernas curtas, um dia eu descobriria tudo ?  Por mais bobo que seja o individuo, isso não vale, por que mentir tanto amim que foram os médicos que mataram a minha mãe ?  Que fantasia é essa, naquela época nem em hospital a minha mãe passou ? Eu sei da historia inteira, eu já conversei com a dona Nuda e ela me revelou um monte de coisa, agora eu te pergunto; por que não ficaste coma Lucianna ?
Leonardo chorou copiosamente e disse ao filho:
- Não querias que soubesse dessa historia, meu filho.
Passando a mão na cabeça dele o menino respondeu:
- Não chores, por que estás sendo covarde contigo mesmo, e a minha mãe que nem teve tempo de chorar, por que ela cortou os pulsos. Por que chorar pai, essas lágrimas te trazem remorsos. pai, tu deveria ter ficado com a tua filha, e agora entendo que o povo tinha razão quando comentava que eramos manos. e eu protestando contra a verdade, contra certeza, contra a realidade que os outros dizia, e eu sendo gozado por amigos e colegas por namorar a minha irmã. Ela coitadinha, inocente, fazendo isso, arrumando aquilo, pensando inclusive em noivado e casamento e te digo mais , estou com a minha cabeça rodando, rodando e Nhá Minda, que gosta tanto de mim, escondeu esse assunto, ela deveria ter me contado antes, não entendi por que tanto me esconderam esse jogo.
Chorando muito Leonardo disse baixinho:
- Eu não imaginei que fosse descobrir isso e fosse me acusar tanto.
- Não estou te acusando de nada, nem mesmo de ser culpado pela morte da minha mãe, estou apenas dizendo que mentiste esse tempo todo para mim e que vai continuar mentindo, até quando eu não sei.
Por um instante Luciano parou, olhou para Leonardo, tirou do interior do livro a foto e perguntou:
- Olhe para isto e vede se conheces, conheces isto ?
Olhando para o filho com os olhos afogados em lágrimas respondeu:
- É verdade que eu dei a minha filha contra a vontade de tua mãe, mas precisas saber que naquele tempo a minha situação era de miséria, não se compara nada com o que é hoje, eu já te falei, que houve um momento em que não tínhamos nem uma xícara de café.
- Não quero recordar as misérias que passaste, o que está em jogo é a realidade, o que está me interessando, é saber do por que não me revelou esse segredo antes.
- Para que, do que adiantaria, para complicar mais as vidas ?
- Não ia complicar nada, assim como assim, eu não descobrir, pegue a foto e me responda, é ou não é Lucianna ? A minha decepção é por que escondeste de mim tudo aquilo que o povo já sabia. e isso não é justo.
Ele chorava mais ainda, como se esti9vesse levado uma surra enorme.
Mas, Luciano disse:
- Não fique assim, não te quero assim. Vamos sorrir, e quando a Luciana souber, por que ela vai ter de saber, e eu voluntariamente já vou romper o meu namoro com ela, não cho9re mais senão daqui a pouco eu me descontrolo, ai eu vou chorar também. Estamos apenas resolvendo os nossos problemas. Deveria ter pensado nisso antes.
- Não me acuse assim.
- Pai, imaginas tu que a Lucianna ficará calma, quando souber que abandonaste ela, alegando não poder criar por está na miséria.
- Pare filho, ó meu Deus, por que não me dá presente neste momento um enfarte, assim tranqüilizaria a minha vida, por que eu só tenho decepções e na minha pele apenas acusações. Por que está fazendo misso comigo ?
- Pai, eu estou aqui e não estou pedindo que me ataque colapso, nem enfarte, ao contrario estou firme pedindo a Deus que me dê coragem de lutar até o fim pela minha vida, e descobrir a realidade isso é que é importante, por que pedi a morte é querer esconder-se dos problemas.
E percebendo que o pai não parava de chora, ele sentou ao lado dele e chorou também.
E disse Luciano:
- Fere a alma, os corpos e os sentimentos de lágrimas,fere a verdade mas não encobre-se, não tem sentido estarmos chorando agora, o que importa é erguermos a cabeça e seguirmos em frente, não importa vermos luas bonitas e nem luares fascinantes se não temos sentimentos, amei aquela menina por quase três anos como namorada, mas agora continuarei amando como irmã. Esquecerei tudo, esquecerei os beijos e que fomos namorados, esquecer5ei que a beijei e desejei como namorada, que a rocei o corpo como namorada, de agora em diante somos irmãos, e fique calmo por que a vida ficou para ser vivida e nunca para ser vegetada.
- Chama a Herminda, Luciano, pediu Leonardo.
- Não, o nosso problema quem vai solucionar somos nós, por que envolver terceiros, se somos nós que temos a solução ?
- Herminda faz parte da nossa família.
Surpreendentemente ela entrava e foi perguntando:
- O que estão falando em meu nome ?
- Herminda?! Herminda ?!
Leonardo levantou-se e a abraçou chorando
- Calma, o que aconteceu ? Perguntou ela.
E virando, viu os olhos de Luciano afogados em lágrimas.