segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SÉTIMO CAPITULO DO ROMANCE LUCIANNA




SÉTIMO CAPITULO DE  LUCIANNA.

Sábado de Setembro.
Ele estava estirado em uma rede na varanda da casa e comentou:
- É amanhã que o mundo desenrola a língua.
Preocupada com a festa do dia vindouro, ela passava roupas e ao ouvi as palavras do esposo protestou:
- Quincas, lhe rogo até pelo amor de Deus, que não embriague-se amanhã.
- É bem fácil, respondeu ele.
- Eu sei, do Quincas Peres, espera-se de tudo, quando se fala em bebidas.
- Deixe de agredir-me, mulher, tornou ele a dizer.
Tirando o ferro de passar de sobre a roupa ela disse-lhe, séria:
- Conheco-te, como as palmas das mãos, quero dizer que já estou até prevenida, para esse desastre.
Ele coçou a cabeça demonstrando enorme impaciência e, respondeu bruscamente:
- Estás com os sentidos e sentimentos desvairados.
- O que, Quincas ?
- Tudo bem,a festa amnhã será ótima por que nela podes ter certeza, que não marcarei presença, entendeu ?
- Imagina.
- É isso mesmo que acabaste de ouvir.
- Desculpe meu velho, estava apenas brincando.
Ele levantou-se e olhando demoradamente para  a esposa, que ao perceber a fisionomia do marido, correu em sua direção e o abraçou  e ele disse:
- Por que foste, ytão grosseira para comigo, estava apenas brincando, repito.
- Sei que tudo o que diseste fora uma enorme babozeira, disse ele sorridente, mas em seguida continuou: - compreendo tudo.
E depois beijnou-a, como se estivesse a muito tempo sem vê-la.




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José Maria Souza Costa
      

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