segunda-feira, 4 de outubro de 2010

NONO CAPITULO DO ROMANCE LUCIANNA




NONO CAPITULO DE  LUCIANNA
 
 
Passaram-se treze anos.
Passava o tempo rotineiramente e, para o ser humano de idade avançada, a criança de hoje, certamente será  o homem do amanhã. Neles estão depositados toda a confiança para a solução de problemas futuros, tipo custo de vida, o fim da pedofilia, da pornografia, nos ombros dessa gente é que estão depositadas todas as nossas esperanças, que o homem de hoje não consegue realizar. e por isso o mundo está a esperar por uma solução.
Cada um ao seu modo, os dois irmãos cresciam separados, exibindo a seus pais a estética que a força divina lhes deu. No colégio, na sala de aula da sétima série, apesar dos treze anos, deixavam os professores confusos, quando estavam lado a lado e, nenhum deles sabiam se eram manos ou não.
Naquele dia Norberto Six, o famoso mestre de ciências dizia:
- A geração de beber, depende...
Imediatamente ele interrompeu o pensamento e, virando-se para o menino indagou:
- Tu,  és irmão da Lucianna ?
Antes que o menino respondesse qualquer palavra, ela apenas exibiu um sorriso tímido e, o menino nada falou.
- Não respondes nada, Luciano ?  Tornou.
Erguendo-se meio que desajeitado, gaguejou;
-  Nã...nã..nã....o.
- Nanã, o que rapaz ? Falou áspero o professor.
E sem que erguesse a cabeça, desenrolou a língua.
- Não, não somos irmãos e nem mesmo parentes.
- A cara de um, é a mesma cara do outro, comentou o Noberto sorridente.
De repente o sorriso irônico, foi atacado por uma voz que surgia do fundo da sala dizendo:
- Amigo, por que só na visão dos professores, somos parecidos ?
- Lucianna, disse Norberto alisando as páginas de um livro, depois ergueu a cabeça, tirou os óculos e continuou: - se vocês dois são irmãos eu não posso garantir, mas se ambos olharem-se ao espelho ao mesmo tempo, hão de imaginar que no mínimo são parentes.
- Bobagem de sua visão, respondeu ela.
- Quantos anos de idade, tens, Lucianna ?  Perguntou o Professor
- Treze, respondeu ela.
- E o Luciano.
- Idem.
Depois de ouvi a resposta do garoto, pensou...pensou e, continuou a explicar a matéria do dia.
- Cada ser humano, possui 23 pares de cromossomos, que ao todo se formarão 46, entre esses pares de cromossomos, estão inclusos as características dos avós, dos tios, do pai e da mãe, sendo que estes últimos em maior quantidade.
Outra vez, Noberto Six, interrompeu se dizendo:
- Lucianna, em lugar algum tu, conseguirá desmentir, que se não for irmã, mas certamente será parente do Luciano.
Sorridente ela respondeu:
- Deixe de imaginar loucura " fessor"esse moleque é muito feio, somente na sua visão agente se parece, de tanto esse assunto ser comentado aqui, o menino já está ficando inibido.
- Tudo9 bem, respondeu Noberto Six, balançando a cabeça, como quem afirmava alguma coisa.
Enquanto o professor balançava a cabeça, do outro lado da sala, Alexandre que senta na ultima fileira falou alto para que todos ouvissem:
- Se fores maninho, ele pode ser feliz, por que já ganhou um cunhado.
- Ousadia, respondeu ela seríssima, enquanto os demais colegas, jorravam gargalhadas.
E sob esse clima de bom humor, a aula de ciência, acabou-se.
Depois  que o Noberto retirou-se, adentro à sala Tiago, o professor de Língua Portuguesa.
Lucianna, acompanhava atentamente a aula com o livro sobre a escrivaninha, de repente ela o fecha, coloca na pasta e virando-se para onde estava Luciano, olhou carinhosamente para ele e pensou:
- Será que eu pareço mesmo com esse menino, ou é um sarro que esses professores tiram da minha cara, por ser ele tão belo ? Se for verdade que eu pareço com ele, podes ter certeza que sou uma menina bonita, pois a verdade é que esse menino está me deixando ansiosa para tê-lo, os cabelos castanhos como o meu, os olhos negros como os meus, seduz qualquer garota que analiza a beleza que nele está contida.
Interrompendo o professor que explicava, colocou a boca entre as mãos e bradou:
- Lucianooooooooooô.
A turma inteira espantou-se surpresa, porém ele respondeu meigamente.
- Fala-me, estou aqui.
- No intervalo me procures, desejo falar contigo.
- Estou ao seu dispor minha querida, respondeu ele.
Do outro lado da classe, Alexandre resmungou:
- Pronto, virou zona.
O que lhe devo, seu ousadinho ?  indagou ela mostrando irritação.
- Sai dessa bicho, recomendou Luciano olhando sério para o colega.
E o professor protestou:
- Luciano e a sua irmã, querem ter a bondade de deixar eu terminar de dá a minha aula ? não permitirei baderna aqui.
E olhando para o cronometro que trazia ao pulso continuou:
- Faltam apenas poucos minutos, ai vocês podem tomar conta da sala de aula, que não me importarei.
- O que pai ? Indagou Lucianna.
- Não falei isso, engraçadinha.
Levantando-se, ela disse:
- Professor Tiago, está servindo de graçola, esse comentário que eu sou irmã do Luciano, até gostaria que fosse verdade essa versão, mas por destino, Deus não quis, portanto gostaria que essa falsa imaginação sua morresse agora, aqui, senão isso poderá causar prejuízos a...
-  Prejuizos a quem, Lucianna ? Indagou ela.
- Aos donos da graçola, respondeu ela.
- Está bem, promete nunca mais, cometer este erro.
- É o melhor que poderá fazer, para te e para mim.
Enquanto ela polemizava na sala de aula, com o professor Tiago. Alexandre comentava com  Germano, o colega que sentava ao seu lado:
- Essa moleca, está no ponto de uns apertinhos, vou contemplá-la de perto, por que se satisfazer o meu ego,se agradar as minhas emoções, irei persegui-la para t~e-la aqui nestes afáveis braços, que até agora só amaciou o pêlo de mulher  bonita, nova e carinhosa.
- Vai jogar umas gracinhas no ouvido  dela ?
- É isso mesmo, meu chegado, respondeu Alexandre.
- E se ela lhe der uma fora ? Tornou a indagar Germano.
Balançando a cabeça respondeu:
- Jamais isso acontecerá, afirmou o menino de olhos fixos nela e, roçando mão contra mão, continuou o dialogo como o amigo: - ainda não nasceu sobre a terra uma mulher para eu desejar e não agarrar, principalmente essas menininhas de hoje. Tem mais, meu caro, eu só tenho quinze ´primaveras, entendeu ?
- Puxa, estás com mais charme do que artista de novela, brincou Germano.
- Era esse elogio que eu esperava de uma amigo igual a você, uma coisa assim altamente merecida.
- Não estás com essa bola toda, Alexandre, disse o amigo zombando.
- Aguarde-me, lhe mostrarei se ela não chorarás nestes braços.
Sorrindo Germano duvidou:
- Quero ver, vou te cobrar.
- Ser bôbo,jamais duvide de um conquistador, respondeu às gargalhadas.
Em algum lugar do Colégio, Luciano e  Lucianna, encontraram-se e conversavam:
- Sou o mesmo, surrado, combatido mas jamais vencido, dizia ele.
Com a fisionomia de quem estaria satisfeita, ela tornou:
- O melhor que fazemos é esquecer essa assunto e sermos o que não verdade temos condições de sermos.
- Exatamente.
Como a vontade dela era investigar o garoto , falou:
- Afinal Luciano, do que mais gostas ?
Com os olhos arregalados, como quem estava surpreso com a pergunta respondeu:
- Com apenas treze anos de idade, é difícil definir o gostar. gosto de muita  coisa...gosto de ouvi música, jogar futebol, ler e tantas outras coisas infindas. Até por que infindas são as nossas vontades, principalmente quando somos meninos.
- Qual o tipo de música, que gostas ?
Ele pensou...pensou e respondeu:
- Para falar a verdade gosto de músicas de  Milton  Nascimento, do Chico Buarque, do Vinicius de Moraes, do Caetano Veloso, do Tom Jobim, desse pessoal assim, não sou chegado a embalo, modismos, balanços, esses ritmos não satisfazem o meu ego, mas - E tu, o que ouves ?
- Também curto esse pessoal, respondeu ela.
- Juras ? Indagou ele, mostrando contentamento.
- Juro,sim.
- Então, os nossos gostos são iguais ?
- Tudo, uma mera coincidência.
- Isso são coisas, que raramente acontece.
Enquanto os dois conversavam sob a calmaria dos ventos, Alexandre comentava com Germano:
- Será que esse molequinho, está esfregando essa menina ? Jamais isso poderá está acontecendo, isso não. Não, isso não é para se realizar, ela não pode passar longo tempo empatada com esse garoto, esse patife, eu acabo com a vida dele. Germano, esse pivete, não dá nem para a saída, disse ele raivosamente.
O amigo procurava confortá-lo com gestos, mas o nervosismo era tanto que parecia não escutar os conselhos e, depois de tanto gesticular continuou:
- Ajude-me cara, estou percebendo que a menina está perdendo muito tempo com aquele babão, não vou aceitar isso, de maneira nenhuma, e veja só o que vou lhe falar. preste atenção, se esse pateta insistir, serei obrigado a dá-lhe uma surra.
Assustado Germano respondeu:
- Vai querer brigar de bobeira, como se a balburdia resolvesse alguma coisa. Espere o momento de irmos para casa e tu, conversa com ela.
- Ótima ideia, Germano.
- É isso meu, por que lastimar-se assim de graça, quando a menina, me parece inocente ?
Alexandre, cabisbaixo imaginou:
- É agora ou nunca mais, tem que ser neste instante, ela vai para casa e, eu aproveito para jogar as minhas delícias em cima dela, isso mesmo. Certeza tenho que não levarei um não, afinal de contas, esse babaca ainda tem aroma de urina, é claro que ela vai me aceitar, não creio que ela trocará um copo de leite por um de água.
- O que passas por essa cabeça, Alexandre ? Indagou germano.
- Como conversar com ela, respondeu apontando para Lucianna.
- É isso mesmo, meu garoto, enfia-se dentro da coragem e vai para cima dela, disse o amigo.
- Será, que ela está pensando em mim ?
- Isso, é difícil lhe responder, disse Alexandre.
- Germano, não consigo, meus sentidos não resistem olhar para essa menina, ela exibe-se  em beleza apenas para me provocar, observe como ela sorrir meigamente,veja como ela é, uma gracinha, veja os seus olhos, a minha consciência me diz, que é essa mulher que acabará com os meus dias, creio que estou apaixonado. O que falarei a ela, é que deixe de imediatos amizade que tem com esse bisbilhoteiro.
- Estás esquentando a cabeça novamente, com baboseira, cara, disse-lhe Germano.
- Em minha primeira cantada ela balança, na segunda ela não resiste e vem babando...e podes ter certeza, a massa é demais.
- Podes crê, afirmou o colega.
E Alexandre, tornou:
- Já imaginou Germano, uma gurizinha dessa em uma praia de topless, não há homem que resista, esfregarei ela toda, mesclando de areia. Esse é um dos meus desejos a realizar com ela, pois levarei a São Luís, para pegarmos um pouco de Sol.
Germano ergue-se como quem ia retirando-se, mas em seguida sentou-se, dizendo:
- Nenhuma mulher, meu caro, mostra a beleza através do nudismo,  a beleza feminina percebe-se através dos modos, da educação, enfim, a cultura é que julga a beleza.
- está por fora, Germano. Tu és do tempo em que escrevia-se, farmácia com, ph.
- Não é nada disso, respondeu.
E ele continuou:
- Tenho certeza que se eu pousar sobre uma menina dessa, ressono e juro que estarei em um outro mundo,, sabe ? Tenho certeza que estarei pousando sobre uma rede de fibras de ouro, ou sobre uma cama de matéria finíssima, que até o vento será capaz de feri-la. Podes crê amiguinho, eu a amasso, completamente, lhe juro. O mínimo que farei é beijá-la. Serei capaz de morder os seus lábios para sangrar e, me tornar consciente se de verdade é feita de carne e osso. Pode escrever, isso acontecerá, por que ela será minha, essa guri deixa um homem comovido, capaz de masturbar-se até mesmo contra as suas idéias... também, treze aninhos, é um puro suco de frutas, entendeu ?
- Entendi, mas já és velho perto dela. respondeu Germano.
Alexandre discordou balançando a cabeça e respondeu:
- O que é isso, nasci quase ontem, tenho 15 primaveras, dois somente a mais que ela, mais experiência, entendeu...observa que...
- Observa o que, Alexandre ?
Carinhosamente ele repetiu:
- Observe os lábios dela, parece que são revestidos de mel, esse material é bom e gostoso meu querido e, é por causa deles que os meus frágeis sentimentos sentem-se abalados, deixando os sentimentos delirarem.
Mais dez minutos depois e os alunos se retirariam da sala para lancharem.
Entre os tantos que batiam ombros a ombro, Luciano procurou por Lucianna, diante da multidão, estava difícil encontrá-la, mas depois de tanto procurá-la, sem o resultado esperado, ele parou, sentou em um dos bancos que fica nos corredores e, ela escondida atrás de uma coluna observava tudo, e repentinamente ao vê-lo, chamou-o, e ambos saíram dali e foram sentar  sobre a grama verde que reveste o Pátio do Colégio.
E ela foi logo  perguntando:
- Meu amado, como sentes-se, quando os professores dizem, que somos irmãos ?
- como poderia me sentir, claro que do mesmo estilo. Não penses que fico satisfeito, não é por que és filha de um aurífice, que aceito ser o teu mano, eu também, não gosto dessa brincadeira, fui claro ?
Ela ficou estática e, perguntou, novamente:
- Estás nervoso, Luciano ?
- Não, meu bem, não estou.
Com a voz meiga, ela tornou:
- Chamei-te aqui, para revelar a minha posição, sobre esse assunto, afinal eu também sou vítima da dúvida, que paira sobre a cabeça das pessoas, tenho percebido que ficas assim...assim...sei lá, meio que inibido...sei lá.
- Que é isso, Lucianna, não se preocupe com bobeira, enquanto eles falarem que somos maninhos, estão me achando um homenzinho bonito, por que seu parecer co9ntigo de verdade, eu mesmo me acho lindo, afinal a tua beleza é ímpar.
- Impressão sua, obrigado. Agradeceu ela e após um leve sorriso continuou: - vou lhe ser franca como jamais fui com alguém, desde quando começaram a dizer que somos irmãos que  separaste-te de mim, por que , heim ?
E Alexandre continuava:
- Comecei a me apaixonar por essa mulher, Germano, dizia.
- Bobeira tua, não estás mais sendo aquele Alexandre valente, crítico, sempre de bom humor, que a turma aprecia.
- Não é bobeira não, de uma coisa podes ter certeza, se eu não conseguir por essa menina em meus braços eu enlouqueço...enlouqueço. Ela tem que ser minha de qualquer maneira. Quero sentir, o prazer de tocar-lhes em seu corpo, para tirar-lhes  dúvidas.
- Qual duvida, perguntou germano.
E sorrindo ele respondeu:
- Se de verdade ela é mesma de carne e osso. Sabes Germano,, sentir os poros do meu corpo contrair-0se ao encontrar-se com o dela, quero matar esse desejo louco de te-la somente para mim, muitas amizades são  prejudiciais, como por exemplo essa que ela tem agora, com esse almofadilha.
Não se conformando convidou:
- Vamos passar perto deles, quero sentir qual é a reação dela.
E caminhando disfarçadamente pelo Pátio sombrio, de repente estavam perto do casal, ela apenas ergueu a visão e os olhares de ambos encontraram-se e, rapidamente ele fugiu comentando com o amigo:
- Parece que ela não é tão dificil como eu imaginava.
- Por que sabes ?
- Não percebeste como ela reagiu quando nos enxergou, agora sei que dou olé e dito o ritmo do meu samba. Somente assim poderei esfregar aqueles lábios finíssimos como  o giz de um lápis e doce como mel, são aqueles lábios que farei questão de chupá-los, e me perder como se eu estivesse em uma nau em alto mar, sem rumo e sem direção.
- Tu, só faz plano, respondeu Germano.
- O que é isso meu garoto, não põe fé em mim, o diabo é que la está com aquele indiciplinaduzinho, senão...jamais poderia imaginar que tão cedo apareceria uma mulher para balançar os meus sentidos e, essa menina conseguiu...conseguiu sim, com os seus olhos negros, radiante que fascina até a própria natureza e, a pele parece me seduzir pela maciez que nos meus olhos parecem...estou apaixonado...estou apaixonado sim, Germano.
Enquanto Alexandre deixava derramar a sua fragilidade emocional, o casal perdiam em longos e infindos assuntos, de meninos e crianças que quer descobrir as belezas de cada ser humano.
Com olhar fixo um sobre o outro, parecia que escondiam um desejo, talvez a presença de um espírito fórtalico.
Sempre com sorriso, ela indagou:
- Luciano, acreditas, que ainda há amor entre as pessoas ?
Ele franziu a testa e, respondeu perguntando:
- Por que me interrogas, tanto ?
Ela disfarçou:
- Bem...é o seguinte...acontece que...a verdade é...mesmo que....
- Fala, Lucianna.
- Calma, o que foi mesmo que eu lhe indaguei ?
- Se existe amor, entre as pessoas.
- Responda, querido, disse ela.
Ele olhou para o céu, cruzou as pernas e disse:
- Não sei se concordas comigo, mas não minha concepção, amor é momento. Veja bem, determinado rapaz, chega à cópula com uma libertina, e dessa copulatividade repentinamente surge um feto, todavia ela a abandona, pergunto eu, tu achas que não houve amor, entre ambos ?
Ela balançou a cabeça respondendo:
- Claro que não,isso foi apenas exploração sexual.
- Não...não...não, não é nada disso, o amor é como qualquer um outro objeto, como a literatura por exemplo, existem escritores que a cultivam amplamente, outros alimentam-se somente com sonetos, por isso e por muitos outros motivos que acho que amor é momento. Momento alegre, feliz, fascinante, triste, melancólico. Tudo o que falei, podes raciocinar, que chegará a uma conclusão que até com raiva se faz amor. Por que amor é tudo, é querer, é gostar, é amar de verdade e, amar sabes tu, muito bem.
E ele continuou:
- Amar é cantar, ou ser rebelde uma vez por toda. É reagir, conquistar e progredir. É cantarolar, chamando a esposa ou a namorada ou o empregado, ou então argumentar que a vida é atrevida, e divide dois, mas se dividir é lógico que não existe amor. Amar, é esfregar corpo a corpo, é mamar feito menino que pede carícias e ao mesmo tempo choraminga para desabafar. Amar, Lucianna, é sobretudo ser alegre, mesmo que as lágrimas, firam os olhos. Amar, á não calar, é combater a ira, a mentira e solucionar os casos de amor. Amar, Lucianna, é esfregar mão sobre mão, é deixar derramar sangue, embora frustre o coração. Amar, é se eu falasse agora que eu te amoe  que lutarei por isso, senão o meu corpo se arruína. Chorar, também é amar, definir as emoções, embriagar sentidos e sentimentos para amenizar a vida frustrada. Amar, é respirar e expirar sem que se perceba o movimento, é ter aromas e esquecer de todos os padecimentos de mágoas. É esquecer a covardia, a perseguição sobre os direitos humanos, é esquecer os tanques, as guerrilhas e, ter compaixão do próximo. Quem sabe, querida, quando duvidamos de nós mesmo, podemos estar nos amando ? Amar é duvidar dos passos, das vozes roucas, dos pulsos erectos, de tudo o que nos acarreta. amar é unir tudo. Unir céu e terra, unir lábios a lábios, unir pênis à vagina, para que dessa união se deriva os filhos. Se puder unir águas jorradas pelas glândulas lacrimais, com sorrisos. Ou unir a vida e a morte. Enfim... amar é ter a coragem de ser, o que o ser deseja ser, sem preconceito, sem medo. Amar é alimentar o querer. Amar, é alimentar o desejo de se ter uma mulher, somente para si, seu eu te beijasse agora, estaria te amando, eu juro.
- Beija-me querido, podes beijar; disse ela oferecendo o rosto.
Ele respondeu:
- Deixa para uma outra vez. Amor é satisfazer o ego, o meu e o seu. Mas agora, que paramos para definir amor, encontraremos  inúmeros sinonimo.
- Como tu falas lindo, disse ela.
- Adônis, sempre fui, respondeu ele.
- Por isso que recusou-me beijar.
- Não, sei que estavas brincando e, jamais aceitarias beijar-te neste local,quando tantos olhos nos cercam.
- Tolice tua, respondeu ela.
- eu não sou tolo, aonde queres que eu te beije ?
- Aqui, respondeu ela, mostrando o lábio superior.
- Vou matar a tua ânsia.
- é agora, ou nunca, respondeu ela.
Após inclinar-lhe a cabeça, o que viu-se, foi chupar-lhes os lábios demoradamente.
Sentado a um dos bancos do corredor, Alexandre empalideceu ao ver a cena e desesperado comentou com Germano:
- Que desgraça é aquela, isso não poderia ter acontecido, estão transformando ´o colégio em uma gafieira.
- Beijar é comum, respondeu Germano.
- Comum, coisa nenhuma.
- Bobagem, sua.
Alexandre levantou-se e andando de um lado para o outro argumentava:
- Viste amigo, ele a beijou apenas para me fazer raiva, que moleque desvairado ! Mas, isto não vai ficar assim, vou acabar com a vida dele. O que eu falo, cumpro.
Germano o repreendeu:
- Já estás fazendo papel de palhaço, chega aonde ela e falas o que sentes, por que calado, não resolve nada, pombas.
- Falarei com ela na hora da saída.
- É isso, ai, vá firme.
- Moleca safada, caipira...ela...
E Germano atalhou:
- Não desmoralize a menina, quem não aceita isso agora, sou eu, mulher agente não xinga, para as mulheres agente guarda carinhos, beijos. Ou ela aceita, mas tem o direito de rejeitar.
- Desculpe-me Germano.
- Está bem, resta apenas esperar ela sair para que faças a sua aventura. Lhe desejo sorte e que sejas firme.
- Confesso que errei quando a xinguei, principalmente agora, que vai ser minha.
 
 
 
 
 
 
 
 

 


     
 

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