terça-feira, 5 de outubro de 2010

DECIMO QUARTO CAPITULO DO ROMANCE LUCIANNA


DÉCIMO QUARTO CAPITULO DE  LUCIANNA.


Fim de tarde.
Os estudantes voltavam para casa, e de uma certa distancia, Alexandre e germano vigiavam o casal, que inocentemente davam-se como namorados e, jamais poderiam imaginar que aquilo tu8do era uma tragédia aos pais.
Caminhavam e Alexandre desabafa com o amigo;
- Se uma pessoa como eu que neste momento sinto-me infeliz, mas se algum dia eu tornar-me a ser feliz, não me sairá jamais da cabeça, está névoa negra que a mim perturba constantemente. Começo a sentir que a paixão entre eles existem de verdade e parece que agora ela começa a querer destruir os meus sentidos, deixando-me a ruínas.Germano, meu amigo, creia, eu sou completamente apaixonado por aquela menina, ela inspira-me, me deixa louco, louco, quando a ter-lhe em meus braços, jamais perderei.
- Calma, Alexandre. Não queria perder a cabeça e nem entregue-se a besteiradas, lute para ganhar a guerra, elimine todos os inimigos para que mais tarde eles não se volte contra te. Já deverias ter feito aquilo que te falei.
-  Vamos pára por aqui, amigão.
Ambos pararam ao meio da rua e ficaram apenas a ver os carros que passavam em alta velocidade, enquanto cada um analisava qual a melhor ideia que fosse para separar o casal.
Depois de um tempo, Alexandre parou próximo a um orelhão e discou...........38 2126
- Quem é ? Indagou do outro lado.
- Aqui é o Luciano.
- O que desejas ?
- A Lucianna, já voltou da escola ?
- Não.
- O senhor pode dá um recado para ela ?
- Fale rápido meu filho, por que não posso perder tempo.
- Está nervoso, tio ?
- Fale logo, do contrário desligarei essa porcaria.
Sorrindo ironicamente ele respondeu:
- Diga a ela para se encontrar comigo às 11:00 horas na Praça Lélis Santos, para que ela pule a mesma janela de sempre e, não preocupe-se que para isso, ela é cuidadosa.
- Repita esse recado, outra vez, menino. Pediu o velho.
Alexandre continuou:
- Arrume a sua mulher e sai de casa que eu vou precisar da tua cama para dormir com ela hoje, e se quiser falar comigo, o meu endereço é Rua Ibraim Ferreira, numero 06, entendeu seu chifrudo velho e, tem mais o meu nome é Luciano.
Disse isso e desligou e, o velho ficou:
- Alô...alô...alô, malandra essa Lucianna, me aparece com cada amizade, mas quando ela chegar agente conversa e, eu coloco essa baiana para rodar, disse o velho resmungando, mas repentinamente soltou um grito aterrerrorizador:
- Ilvaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaã !?
- Minha  Nossa Senhora da Conceição aparecida, o que terá acontecido ? Indagou ela da cozinha onde cuidava de um peixe e saiu correndo em direção à sala. Vendo-o, com o telefone em mãos perguntou assustada ?
- O que aconteceu, Quincas ? Tomei maior susto, imaginei que teria dado um treco.
Ele olhou seriamente para ela e perguntou:
- Aonde está a Lucianna ?
- Na escola, ora...
- Atendi a um telefone.
- Te - le - fo - ne, soletrou Ilvã franzino a testa como quem não estava entendendo nada e, voltando-se para a cozinha.
- Ilvã !? Chamou ele outra vez.
- Fale, respondeu ela, que veio atende-lo.
- Lucianna, está com umas amizades, que não chega a me agradar.
- Então tome as providencias que...
Ele ainda falava quando a menina entrou e beijou ambos, como quem dava boas vindas pela estada no Colégio. Rapidamente Ilvã fugiu para a cozinha, enquanto Quincas a chamou antes que ela trocasse de uniforme.
- Lucianna, venha aqui.
Ela sentou no sofá enquanto ele indagava:
- Conheces um menino de nome, Luciano ?
Ela  ergueu-se assustada e perguntou em vez de responder:
- O que ?
- Conheces tu, Luciano ?
- Sim, é um colega meu de turma, a pouco viemos juntos da escola.
- Ele me deixou um telefone agressivo.
- Como ?
O velho falou sério:
- Já pedi que deixe essas amizades, com esse pessoal de nível baixíssimo. Aconselho-te tanto, peço-te,mostro-lhe, faço todos os teus gostos, deixo de comprar muitas vezes as coisas tanto para mim, como para a sua mãe e, sempre venho tendo decepções.
- Não es...
- Cale-se, ordenou o velho repentinamente.
- Mas pa...
- Já disse cale-se, caso contrário farei-te chorar, será que estás doida para ter relacionamento com homem ? Uma menina de treze anos, terá ela condições de ter homem ? Que assanhamento é esse teu que não pode esperar mais ? Desvairadamente cruel, será que vieste de encomenda para acabar com o resto de minha vida ? Mas antes de acabar-me extermino-te. Não quero ouvi uma palavra de sua boca para este nosso diálogo. Também estás proibida de passear sozinha e vou na busca de uma pessoa para lhe vigiar. Retire-se de minha frente agora, sua desavergonhada, pensarei ainda se tens direito no jantar de hoje, não queiras pensar tu, que irei criar cobra para me picar. Ouça-me cuidadosamente, eu coloco um kilo de pimenta nesse teu rabo, se continuares a correr como louca atrás desses meninos, como se fosse uma cadelinha no cio. Agora suba para o teu quarto e, sai de lá apenas quando eu determinar.
Ela retirou-se da frente do pai com o rosto afogado em lágrimas. Entrou no quarto e, atirou-se sobre a cama, sem que controlasse o nervosismo.
Com os panos da cama, sobre a cabeça ela pensava:
- Tenho quase que certeza que isso é arte daquele desgraçado, um homem sem vergonha, isso é o fim da picada, ele deveria ser sábio, para perceber que em nada resultará esta humilhação que o meu pai está fazendo comigo. O Luciano, me deixou aqui ao lado, se acontecesse de eu não ter vindo com ele poderia ser que acreditasse, mas essa eu não vou engolir. Agente não tem sossego momento nenhum e ainda falam que o Brasil é um País tranquilo, sossegado e, o meu pai um velho tão carente que nem sabe interrogar os bandidos que estão querendo destruir a família dele, ele terá que mudar por que do contrário perderá o jogo para mim. mas aquele panaca me paga, por que um dia é da caça e o outro é do caçador, isso não ficará assim, a calúnia sempre foi a arma dos covardes, dos desesperados, dos descompassados e a manta dos desgraçados.
Irada, ela rejeitou a comida, que a mãe trouxera, ficou longo tempo ali vagando em pensamento e depois dormiu.
No dia seguinte:
Ela desceu, foi até a banca pegou o jornal  A FOLHA ARARIEnSE,  abriu na seção  de precisa-se:
Estava lá.
- Precisa-se de uma governanta
Com prática e referências
Salário de CR$ 75.000,00.
Tratar à rua Pe. José da Cunha D'Eça - 588
Com: o sr. Quincas Peres das 08:00 às 22:00 h.
Ela leu o anunciado, sorriu e depois comentou com o jornaleiro:
- Tens ou conheces alguma governanta que queres toma de  conta de uma menina de treze anos de idade, com este salário, que não dá nem para vestir-se, quanto mais para comer ?
O jornaleiro que já conhecia ela de muitos anos comentou:
- Tu, que estás a precisar de governanta ? Que mordomia, com quem  pode não se brinca, por que esse dinheiro que ele vai pagar a uma governanta para cuidar de você, ele não doa a uma Instituição de caridade como  A GOTA DE LEITE ?
- Problema dele, meu caro jornaleiro, respondeu ela.
Voltou para casa com o diário, ao entrar em casa, enxergando a mãe, escondeu o jornal e foi logo dizendo:
- Queria comprar um jornal, mas não tenho quem mande.
- Jornal hoje não, filha. Não tem nada que agente possa ler, comentou a velha.
Dona Ilvã, não tinha o hábito de falar assim tão naturalmente, afinal de contas, a família de Quincas, uma das mais ricas da cidade, ou das mais ricas do vale do Mearim, seria quase que impossível que ela não concordasse com a opinião do esposo, que estava desesperado para arrumar uma pessoa, que viesse a cuidar da filha.
Enquanto ela imaginava que a filha de nada sabia, disse:
- Hoje, eu não tenho tempo de ler, nem Canções em Mar Aberto, as belas crónicas do José Maria Souza Costa.
- Quem lhe recomendou essas cronicas ?
- Comprei-as.
- Na hora do anúncio ?
- Que anuncio ? Indagou ela  à filha.
Como que zombando da filha ela respondeu:
- Esqueça a traição que estão querendo fazer comigo, me tratando como se eu fosse uma criança de 4 anos de idade, não entendo como o ser humano velho e vivido esquece da lealdade de ser honesto e franco e, que nada valerá apenas fazer as coisas ao esconderijos, traindo os inocentes.
- Lucianna ! ralhou a velha.
- Estou aqui, respondeu ela sarcasticamente.
- Não fale assim comigo.
- Está bem, até quando meu Santo Deus vou somente ouvir, sem ter pelo menos o direito de responder por tantas desgraças, que fazem comigo.
E sem que mais ouvisse qualquer resposta ou interrogação da mãe, retirou-se para o quarto onde trancou-se.
Mas, naquele mesmo dia Luciano chegava em casa dizendo:
- Ontem deixei a minha garota em casa, seu Léo e, por4 esses dias irei lhe apresentar, chamar a moçada da minha mesma faixa etária de idade, os meus amigos é claro, trazer a Nhá Minda, para servir-nos de garçon e fazermos aquele almoço.
- Aqui na minha casa, não senhor.
- Por que, Léo ?
- Por que eu não quero, não suporto vê a cara daquela menina, aqui não.Jamais lhe fiz decepção, mas desta não lhe livrará, tente ?
- Léo, estou  te desconhecendo.
Nervoso ele levantou-se e aproximou-se do filho dizendo:
- Eu não sou seu mulequinho, sou o seu pai, de hoje em diante não terás mais nenhuma moleza aqui comigo, terás que me chamar é de pai ou papai, não permitirei que me chame mais de Léo e, vou avisar a Dona Herminda, que acabe com a sua liberdade lá, afinal nada tens feito para agradar-nos, a cada dia que passa tem é nos causado mais decepções, e acabou a moleza mesmo, se já até arrumou uma namorada é por que já consegue trabalhar e sustentar a danada, vou te arrumar uma vaga lá no tear, nem que seja para ganhar somente o dá condução, culpado disso sou eu mesmo que venho te criando cheio de mimos.
- Pai ! disse ele.
- Fala.
- Pai, o que te fiz para ficar assim tão nervoso comigo ? Quer que eu seja um homossexual, como muitos jovensinhos que estão por ai perdidos ? Puxa pai, deixa eu viver a minha idade, eu não tenho culpa das marselas do mundo, ou queres que eu viva o tempo inteiro preso aqui dentro desta casa, como se eu fosse uma donzela, aliás, nem as donzelas vivem enclausuradas. Afinal pai, entendo que também tenho o direito de amar alguém, assim tu já amou um dia, entendeu ?
A crise amorosa perturbava o casal de jovens.
Um por que entendia que ela era muito jovem para namorar e, o outro por que sabia que eles eras irmãos e não era justo que namorassem.
E a noite chegava e Quincas estava assistindo a um bem humorado programa de televisão, quando a filha entrou perguntando:
- Permita-me que vá até a casa da Milena, pegar o meu caderno de apontamentos ?
Ele correu os olhos nos quatro cantos da sala e respondeu:
- Tu estás proibida de sair.
- pai, preste atenção no que estou falando, amanhã tenho prova de portuguêsse ficar com nota vermelha vou te culparjamais te perdoarei e, depois não venham com conversa que fiquei reprovada por que não estudei.
- Por que somente agora lhe deu vontade de ir buscar essa porcaria ?
- Claro, tenho que estudar.
- Deixa logo ela ir, Qujincas, resmungou Ilvã.
- Vá, mas não demore, senão lhe buscarei.
Ela saiu rapidamente, enquanto Quincas comentava:
- Irei atrás dessa menina, vou querer saber aonde ela vai mesmo.
Sem que perdesse tempo, saiu e foi seguindo os passos da filha à distãncia, sem que ela percebesse ou desconfiasse de alguma coisa, ela caminhava na direção da praça da Matriz como quem perdeu alguma coisa e teria que encontrar de qualquer jeito.
Chegando ali encontrou o garoto e foi logo beijando-se, sem importasse com quem estivesse ali. De longe sob um pé de amendoeira o velho Quincas observava tudo, roendo-se de raiva e ira, enquanto via a filha pendurada nos lábios do menino.Depois de um bom període de abraços, beijos e mais afagos, ela disse ao menino:
- Luciano, eu sofri demais por tua causa,ontem o Alexandre ligou para a minha casa e falou para o meu pai como se fosse tu, imagina o que aconteceu, o resultado foi trágico, isso fez com que o meu contratasse uma governanta para seguir os meus passos, mas isso não quer dizer nada, eu te amo muito, demais. Mesmo que ele invente mil coisas para querer me separar de te, eu te amo demais. Agora me responda meu amado, o teu pai faz gosto deste nosso namoro ?
- Claro que faz, o meu pai é uma pessoa formidável, resposndeu o menino.
- Você é demais, muito inteligente por sinal, disse ela aos risos.
- Lucianna, só me sinto agora cansado, sem um léxico suficiente, mas não pense que seja por minha causaq, mas por que nunca fui uma pessoa intelectualizada.
- Acalme-se, não fique ligando para essa de intelectualização, o importante é que nos amamos e, prepare-se que vem guerra aí por cima de nós a qualquer instante, por isso devemos está sempre preparados. Não preocupe-se com termos românticos, vamos, me beije agora, isso é o que mais me importa neste instante, importante mesmo é gostar de mim, me apertar e eu me ver envolvida em teus braços, entre tuas pernas, por que és o homem mais lindo que já conheci durante toda a minha vida, vamos, esfregue o teu corpo contra o meu, que eu quero gozar tudo que eu tenho direito, sem que seja preciso de um relacionamento sexual. Passe o seu rosto no meu assim...assim, e não se importe que milhões de pessoas estejam a nos ver. Me abrace mais forte, vamos me beije, chupe os meus lábios, com essas duas folhas doces e sedutora, que eu não estou querendo chamar de lábios.
enquanto o namoro continuava aquecido, o velho Quincas, debaixo do pé de árvore, pensava consigo:
- ainda que tenha que passar a noite inteira aqui, vou querer ver até qual o limnite que ela explora, parece uma prostituta, essa não parece ser a minha filha que estou educando, parece uma cachorra no cio, alotando uma multidão, que falta de vergonha, o que o povo de Arari, não está a falar de mim, neste momento sou um homem perdido, agora eu entendi qual é o apontamento de português que ela veio buscar, agora tenho consciência que foi neste mesmo local que ela veio buscar A CANÇÃO EM MAR ABERTO, do José Maria Souza Costa, estou vendo com os meus próprios olhos, nenhuma pessoa está me relatando o que esta se passando, na verdade se algum amigo comentasse comigo, ainda assim eu não acreditaria, mas esta é a filha que eu estou a criar, parece que ela está carente de homem, mas neste momento ela agarra-se com aquele pivete, de nenhuma qualificação, isso é o fim da picada e parece que ela quer mesmo que estes sejam os últimos dias de minha vida.
Enquanto o velho irado de um lado estava, Luciano dizia ao ouvido da amada:
- A responsabilidade do nosso namoro, a força do nosso amor aumenta a cada instante, por que não quer agoira que eu lhe dê o meu corpo nu, deitado juntinho ao teu, Lucianna ? Vamos fazer amor, curtir a vida e, lutar contra os que lutam contra nós.
E ela resposndeu:
-Não, isso não, ainda é muito cedo.
- Cedo coisa nenhuma,como poderá provar que gostas de mim ?
- Poderei provar que gosto de ti com outros modos, o homem que percebe que a mulher gosta dele somente através de relacionamento sexual, por que relacionamento sexual, não é sinônimo de amor. Por isso existe o comercio sexual e, isso nunca foi intitulado de  amor, Amor.
- Tens razão, mas vou ficar sofrido.
E ela respondeu :
- Neste mundo de hoje, só tu não tem razão para sofrer, afinal está do lado da mulher que te ama, o sofrimento às vezes vem misturado com o amor, quantas e quantas pessoas não estão neste momento sendo alienadas por um monte de coisas ? Alguns por serem falsos, outros por fraudes, e muitos outros por não querer dá liberdade a tantos outros. Enfim, somente tu estás feliz, meu amado.
- Calma querida, felicidade é copisa séria.
E ambos continuaram beijando-se mutuamente, enquanto o velho aquela altura já desmachava-se em lágrimas. Por isso ele pensou:
- não importa ver mais isso, vou lá, agora já é um escandalo, uma falta de vergonha, ela não puxou nem para mim e muito menos para a mãe dela, a minha filha está perdida, mas vou recuperá-la.
E vagarosamente caminhou na direção em que eles estavam, aproximou-se lentamente dos dois e tão embriagados que estavam, que ela nem percebeu uando ele tocou-lhes com as pontas dos dedos dizendo:
- Lucianna !
Ela quase desmaiou quando viu o  velho.
Assustada elas largou o mernino que quase caiu para o lado e saiu correndo.
- Vamos conversar nós dois, disse ela olhando para o menino que estava com os olhos quase saltando das orbitas de medo e, estando preso peloi braço.
- Solte-me o braço, estou aqui cidadão, respondeu firme o garoto.






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José Maria Souza Costa
     

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