terça-feira, 5 de outubro de 2010

DÉCIMO PRIMEIRO CAPITULO DO ROMANCE LUCIANNA




DÉCIMO PRIMEIRO CAPITULO DE  LUCIANNA


Apaixonada por Luciano, ela saiu de casa direto para a Praça, mas não encontrou o rapaz, voltando-se para onde estava Milena, que ao vê-la, disse:
- Tu, por aqui, quais ventos poderão ter soprado por lá ?
Ela sorrindo exagedamente respondeu:
- Tu és, a minha única e última esperança.
- Então diga, em que poderei ajudar-te.
Lucianna, passou as mão na cabeça e disse pedindo segredo:
- Estou me apaixonando pelo Luciano, sou capaz de confessar que estou gostando dele de verdade, e queria muito a tua colaboração para que ele entendesse, até agora, joguei todas as minhas armas e, ela não me disse nada. Podes, colaborar comigo  ?
- Mas, por que eu, Lucianna ?
- Por que sois amigos e, pensei em te.
- Vou tentar, respondeu Milena.
- Quando dá-me a resposta ?
- Espera um pouco, primeiro vou ligar na casa do vizinho dele, ai saberei o que falar-te.
- O vizinho dele, tem fone ?
Sem que perdesse tempo ligou ...231 1445.
- Alô, aqui é a Milena.
- Quer falar, com quem ? Indagou do outro lado da linha.
- Com o Luciano, dá para chamá-lo, na casa dele ?
- Ele está aqui, espere um pouco.
- Alô, aqui é o Luciano, quem fala ?
- Milena, meu queridinho, respondeu ela.
- Um beijão Milena.
- Outro, queridão.
- Em que lhe posso, ser útil ? Perguntou ele.
- Sabes que o teu jeito de ser está perturbando a cabeça de uma menininha aqui ?
- Bobeira, quem sou eu ? Respondeu.
- Verdade, Luciano.
- Exagerada, não estou com essa bola toda.
- Não acreditas no que falo, não acreditas mais em mim ?
- Claro que acredito, mas...
- Tu me ouve, por vinte segundinhos ?
- Sim.
Olhando para a amiga, ela falou:
- Lembra-te, da Lucianna que estudas contigo ?
- Sim, e daí, o que aconteceu ? Indagou meio que sorridente.
- Sabia que ela está afim de namorar contigo ?
- Não sei, não. sou inocente, respondeu ele.
- Estás marcando, meu amor...
- Querida, se encontrares diga para ela me encontrar as oito horas na Praça, aqui são sete e meia, no meu relógio.
- Vou avisar, heim.
- Sim.
- Não vá dá furo.
- Um beijo em te e, até agente se vê, muito obrigado pelo aviso.
- Está legal.
Desligando o telefone e virando-se para a amiga disse-lhe:
- Às vinte horas na Praça, sem furo.
- Daqui eu vou direto, respondeu ela.
- E os teus pais, farão gosto ?
- Não sei. Eu sair de casa dizendo que vinha até a tua casa buscar a peça teatral Vestida de Noiva, do Nelson Rodrigues.
- Mas eu não tenho esse livro, respondeu Milena.
- Adquiro um outro livro qualquer, para disfarçar quando eu chegar em casa.
As duas conversavam distraidamente, quando Luciano invade a casa chamando:
- Milena ! ?
Ao encontrar Lucianna ali, ficou paralisado, deixando vazar o sorriso amarelado e desajeitado
- A casa é sempre sua, Luciano, disse Milena.
- Boa noite, senhorita Lucianna, disse Luciano, olhando-as nos olhos.
- Certamente a noite tem tudo para ser boa, respondeu ela.
Muito que rapidamente a Milena fugiu para o quarto, deixando ambos a sós.
- Faz tempo que estás aqui ? Perguntou ele.
Sacudindo a cabeça para que os cabelos alvoraçasse, respondeu:
- Chegeui neste momento e não estou compreendendo o por que da Milena fugir, deixando-nos a sós como se estivéssemos algo a tratar, não entendi essa da Milena.
Ele sentou-se do outro lado da sala, no safá e, alisando os joelhos comentou :
- Fico as vezes encucado, o por que da mulher brasileira não assumir os seus atos, por que ela disfarça tanto com suas madeixas de conversa em conversa...
- Não estou entendendo nada, meu caro.
Ele levantou-se e olhando nos olhos dela pela segunda vez, disse:
- Por que tem tanto medo de dizer a mim que me ama ? Que preconceito bobo é esse que atormenta a cabeça das mulheres, que ela teem tanto medo de libertar-se dele? Afinal, estamos todos os dias no mesmo Colégio na mesma classe.
Cabisbaixa ela nada respondera, enquanto mele continuou:
- O medo de querer as vez\es faz agente perder e, perturba.
Colocando os dedos entre os cabelos ela respondeu:
- Verdadeiramente eu te amo e fiz de tudo para compreender e não percebeste. Não recordas quando me deste aquele beijo no Pátio do Colégio ? Ali não percebeste que estava querendo alguma coisa ? Não sentiste que toquei os meus lábios contra os teus exageradamente ? Imaginei que estivesse compreendido alguma coisa.
Ele respondeu meigamente:
- Eu também te amei, Lucianna, só que amei silenciosamente. Não queria que terceiros soubesses que eu te amo, por isso sofri muito, também não queria cometer a audácia de revelar tudo o que eu sentia.
Sem demora aproximou-se dela, e ali mesmo chupou-lhes os lábios demoradamente.
E ela disse:
- Isto já era para ter acontecido, porém o medo nos deixa distante, talvez agora, tenhamos tudo para sermos felizes, verdadeiramente eu tenho agora o homem que sempre desejei nestes meus  treze anos de vida.
- Eu também reencontro a felicidade e certeza tenho que o nosso amor será eterno e dará certo.
Abraçados, como quem procura caminhos através do diálogo, ela comentou:
- Quero fazer de tudo para que o meu pai não saiba, que agente namora. Senão ele será capaz de me por de casa para fora. Temos que namorar as escondidas para que só assim agente sinta-se mais atrações um pelo outro. A minha mãe não pode nem sonhar com esse romance, ainda mais agora, que ela começou a vigiar os meus passos.
- Ficas tranquila, que de minha parte jamais eles saberão. Estás ao meu lado e, se preciso for, encararei a todos para ter-lhe, sempre junto de mim. Na verdade agente deveria ser irmãos, sabes que os meus olhos parece com os teus ? Meus cabelos, a minha cor de pele,na verdade meu amor, agente deveria no mínimo sermos aparentado.
- Tu achas, isso ?
E ele respondeu:
- Não te atormentes com isso, quando agente começa a amar, tudo é muito parecido, por isso somos mais que parentes, somos namorados, somos amores.
Luciano, já são mais de vinte e uma hora, eu tenho que ir embora, preciso chegar antes das dez.
Apertando-a, contra o corpo, chupou-lhes os lábios outra vez, dessa vez mais densamente e, despediu-se dizendo:
- Até amanhã, à tarde na porta do Colégio.
- Vou embora e, dê um beijo na Milena por mim.
Após ter saído, Luciano, chamou Milena.
Alegre e sorridente ela veio do quarto e indagou:
- E aí, deu certo ?
- Sim, a menina estava mesmo afim de mim, eu já sabia a muito, faz tempo que vinha percebendo, esperava apenas ela confessar isso a si mesma, por que as menininhas de hoje teem uma doença que ao atacá-las, elas vão em cima do cara e, isso as faz tornar-se assombradas, era isso que imaginei que iria acontecer com ela, mas foi tudo muito diferente, na verdade ela gosta mesmo de mim, eu também gosto dela, Milena.
- Se é isso mesmo, basta se amarem.
- estou amando, Milena.
- E os velhos ?
- O meu pai não falará nada, mas os dela certamente são um perigo.
- E a tua mãe ?
- Eu não tenho mãe viva, faleceu parece que quando eu tinha apenas quatro meses, não sou privilegiado.
- Sabes, do que ela veio a falecer ?
- Segundo o meu pai, ela sofria de epilepsia, mas a dona Hermínda me falou que ela sofreu um ataque de coração, afinal nem sei quem está escondendo o jogo. Mas isso só vai interessar a mim, mais tarde quando eu for procurar a minha antecedência, ai vou reunir a dona Hermínda, o meu pai, para saber de que e por que a dona Maria Clara, veio a falecer.
- Uma pessoa como tu, não ter mãe, deve ser muito triste ?!
- Sabe, Milena,o bate papo está legal, mas já é tarde e tenho que voltar para casa, vou dormir, amanhã tenho que levantar cedo, tu sabes bem, a responsabilidade de um estudante
Levantou-se e despedindo-se, saiu.







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