terça-feira, 5 de outubro de 2010

DÉCIMO NONO CAPITULO DE LUCIANNA


DÉCIMO NONO CAPITULO DE LUCIANNA.


Era uma feliz tarde para o romântico e feliz casal de irmãos, que inconscientemente namoravam traçavam planos, e procurando a resposta das interrogações que a vida lhe faziam. Estavam ali sentados  à Praça Lélis Santos, comentando o que havia ocorrido e mais o repudio do Leonardo.
Momentos depois a Lucianna comentou:
- Tenho uma surpresa a contar-te.
Ele a beijou a disse carinhosamente:
- Podes falar que estou pronto para ouvi a tua novidade.
- É o seguinte eu..
E ele atalhou:
- Para mim somente de esta ateu lado já é uma enorme novidade, por que tu és a menina que um monte de menino queria ter ao seu lado, na verdade quem é que não beijar, como eu beijo esse teu rosto macio e sempre alegre ?
E tranqüilamente a beijou pela segunda vez seguida.
e continuou:
- Termine de me contar a novidade, eu lhe interrompi.
Fingindo-se envergonhada ela comentou:
- Eu apanhei do meu pai por sua causa.
Afastando um pouco o rosto dela, ele indagara assustado:
- O que ?
E ela repetiu:
- Por causa do nosso amor, eu apanhei.
- Isso não pode acontecer, aonde aquele velho está com a cabeça, no pé ? Será ?  Vamos ter que dá um jeito nisso, tu não pode ficar sendo espancada, por que ele não aceita o nosso romance, a vontade do ser humano é livre para escolher aquilo que melhor lhe convier, e achar melhor.
- Mas, ele não compreende isso, respondeu ela.
- E aquela cabela dura da tuia mãe o que fala ?
- Fica caluda, naturalmente por que concorda com as idéias dele.
- Somente entre agente mesmo para que isso acontecesse.
- Luciano, só se agente nos amarmos de verdade, para poder termos força para lutarmos contra isso,eu tenho que fazer o velho quincas entender que eu também possuo desejos, sentimentos,uma ansiedade enorme, eu te peço agora até pelo amor de Deus que não me abandone agora, vamos ficarmos juntos, mesmo que seja preciso derramar sangue dos nossos rostos, vamos provar a nós mesmos, que nos amamos queridinho.
- claro, que provaremos, é por isso que eu estou aqui, agora tenho a oportunidade de te falar para não ligar apara a conversa  de Nha Minda, pensando bem ela tem razão de ter ciumes de mim,ela me criou desde pequeno, ela apenas não entende que eu preciso de uma pessoa para amar e que me ame, e essa pessoa está aqui comigo, é tu Lucianna.
- Não mais saber nada com a Herminda. a tua mãe era Maria Clara, que importa a mim as polemicas com a Herminda ? Eu quero que ela morra.
- Não, não fale assim, agora eu não posso concordar contigo, por que muito ela já encheu a minha barriga e estaria sendo injusto se desejasse para ela a morte.
- Esta bem, mas ouça o que eu vou te falar, uma realidade, vamos fugirmos e morarmos juntos ?
- Esta brincando, não Lucianna ? perguntou ele assustado.
- Estou falando sério, não tens coragem ?
- Tenho sim, mas para onde vamos ?
- Não sei, agente sai estrada a fora.
- Dá-me, um tempo para pensar.
- Pensar o que Luciano ?
- Pensar no que iremos fazer para depois não chorarmos pelas portas dos outros,como fossemos favelados, pensaremos em como vão agir os nossos pais, por que estaremos partindo para um caso muito serio meu amor.
- Eu sei que é um caso sério, mas pelo menos vou receber o homem que eu amo como esposo, e ele a mulher que o adora como esposa.
Ele pensou...pensou e depois respondeu:
- Somos muito meninos ainda, Lucianna.
- Medrosos, respondeu ela.
- Não é bem assim, querida.
- Se não é medo que mau é esse ? Interrogou
- ainda não chegou a hora da gente se unir, e passando  mão levemente na cabeçar dela continuou: - ficas calma que o dia chegará nítido, como um raio de sol, por que está com tamanha pressa, se eu ainda estou em tuas mãos, ficas tranqüila que nenhuma mulher me terá a não se tu, para mim, tu és a mais linda de todas as mulheres e ninguém nos separará, ninguém mesmo, podes escrever  aí no livro.
e olhando para o cronometro da Praça falou:
- São quase cinco Luciano e eu tenho que ir, senão serei atormentada novamente pelo meu  pai, ainda mais que não fui ao colégio, deixa eu ir.
- Não, agora não, eu te deixarei em casa.
- estás louco ?
- Por que não posso ir deixar-te em casa ? quis saber
- Não se faça de inocente meu querido, sabes muito bem que sofrerei castigos, não se faça de criancinha o caso é muito sério, mais sério do que tu pensas.
- Os teus olhos me encantam Lucianna, se eu pudesse jamésia deixaria um grão de cisco sequer feri-los, esse castanho me deslumbra é como se eu estivesse em outro mundo quando começo a admirá-lo, ainda bem que são das mulheres que eu amo, senão estaria perdido, ainda bem que são das mulheres que eu amo muito.
- Luciano, eu vou ter que ir embora.
- Não me deixes só, disse ele.
- Já são quase cinco.
- Está bem, concordou ele.
Ele ficou sentado ali no banco, enquanto a menina ir distanciando-se.
Voltando pela rua João Inácio Garcia, haveria de passar na Praça da bandeira, e nenhuma pessoa poderia desconfiar que ela não teria ido à escola, mas antes de chegar em casa, Júlia Matias, uma senhora descendente de português, loura, de olhos verdes, cintura fina, quadris largos, aonde roçava constantemente os cabelos longos, já a esperava, para recebe-la, como dominada.
quando a menina entrou em casa os pais dela, estavam sentados na sala,e exibiam exagerados sorrisos. Eles conversavam, mas quando a viram silenciaram repentinamente.  Lucianna passou por eles em direção ao quarto dela, fechou a porta, trocou de uniforme e, já preparava-se para sair quando Quincas a chamou:
- Por favor, filha, venha aqui,
Sem nenhum gesto ela parou de ainda do velho caluda, esperando que ele comunicasse alguma ordem. Depois de ficar ali por longos minutos sem que ele a dissesse nada, ela indagou:
-O que desejam, que estou aqui a um tempo e nenhum de vós me fala nada ?
Olhando para a portuguesa ele falou;
- Esta é a Júlia Matias, deste momento em diante ela é a governanta da casa e tem toda a autonomia sobre a sua pessoa, o que pode ou não fazer.
- eu já sabia disso.
- O que ? indagou ele.
- Sim, pode continuar.
Ele levantou-se meio que raivoso, colocou as duas mãos no bolso e falou sério:
- A senhora Júlia Matias, tem toda a autonomia de ditar as ordens para a senhorita e elas terão que serem religio0samente cumpridas, e ela já tem em mãos todos os seus dados, como se fosse um curriculum vitae.
Virando para a portuguesa ela perguntou discretamente;
- És casada ou solteira ?
- Solteira meu amor
sorrindo zombantemente ele completou a expressão:
- A senhora , uma velha, com essa idade é solteira, vou te fazer um pedido não vá se apaixonar pelo meu namorado, senão a corda arrebenta somente para um lado, o teu, o mais fraco.
virando para quincas, Júlia comentou:
- Mas, os senhores não me disseram que ela iria para o convento ?
- O que ?
E  Lucianna, tornou a falar irada:
- eles são os meus pais, mas quem manda na minha vida sou eu,mesmo assim quem está precisando de governanta são eles, entendeu ? e vou te dar um conselho, não aceite somente aquela ninharia que eu li no jornal, exiga mais um pouco, ele é milionário e pode pagar, entendeu ?
- Então sabias, que iriamos colocar uma governanta ? indagou Ilvã
- Claro que sabia, a tua mentalidade, só dá para isso mesmo.
- respeite-me, Lucianna.
Depois...
Quando todos estavam reunidos em volta mesa para o jantar Quincas falou:
- Deste momento em diante eu não falei mais contigo, Lucianna, a senhora Júlia Matias, estará aqui, para ouvir as minhas ordens e repassar a ti. Esse é o serviço que ela despenhará aqui, sei que ela é competente e por isso que está aqui.
Júlia, mastigava elegantemente q a menina disparou:
- Quando eu era menor não desfrutei desse privilegio de ter uma empregada portuguesa, agora que já estou velha, e namorando é que me dá esse presente, velho, desgastado e desapropósito ?
- Lucianna, ralhou ele áspero.
- O que aconteceu ? indagou ela debochadamente
Dona  Ilvã permanecia caluda, somente ouvia o que os três conversavam, sem que emitisse opinião.
Terminado o jantar, os quatro sentaram para assistir na televisão um programa politico e, Quincas falou:
- Senhora Júlia,  seu quarto é o ultimo de quem vai daqui para lá.
Lucianna, fugiu da presença deles, rapiadamente enquanto Ilvã dizia:
- Tens que ter muita voz ativa com ela, senão os papéis se inverterão, e ela que mandará em ti, essa menina tornou-se terrível, desobediente, ela não era assim, estou lhe dando total autonomia.
- Obrigada.
- Queremos mesmo, é que ela ande por ai pelas ruas e becos com namorados, elas ainda é muito nova, não esqueça de amanhã arrumar o quarto dela e colocá-la, para estudar.
A esta altura, Lucianna, estava no quarto trancada pensando:
- Coitada dessa Júlia, ela não tem idéia de qual foi o diabo que deram para ela tomar de conta, certamente esta pensando que eu sou uma bobinha, mas está amplamente enganada, todavia, deixa ela. Com o tempo ela vai descobrir quem sou eu e, jamais irei precisar de praga de governanta.
Enquanto isso do outro lado, Júlia indagava os velhos:
- A que horas ela levanta-se para ir à escola ?
-  Sete da manhã.
- Cedo, hein ?
- Mas, tem que ser nesse horário mesmo, entendeu ?
Da onde eles estavam, ouviam a menina cantar ;

" A arma dos atrevidos
Que brincavam, dançavam
E criticavam a vida com o olhar
De desejo, de ânsia e de querer4
Libertar-se da maldade
Com a força da mente
Mas cá, estou a ficar
A cantar para não chorar amarrada
Veja, o que sente o meu coração
Por causa do teu amor...ó amor,
Por que te escondes e, não vem me buscar
Para sanar a minha dor e...
me arrancar deste terror'

Da sala ouvindo aquilo eles comentavam o canto da menina, como se fosse para os velhos uma pirraça. Momentos depois ela silenciou, todos ali tiveram a impressão que ela dormiu, na verdade ela calou-se e pegou o seu caderno de diário e pôs a escrever:

" Nenhuma pessoa possuí o direito de violentar o direito de uma outra pessoa. assim como não possui nenhum direito de por defeito na terra ou no céu, que foi construída pela mão de Deus. Queria que alguem lá do alto me visse agora deitada nesta cama, pensando nele. Mas, por incrível que pareça, esse alguem que não sai da minha memoria, não poderá subir aqui neste telhado que cobre-me de chuva e ficar a me contemplar como se eu fosse uma rainha, por ele desejada e ainda assim perseguida. O tempo passa e o vento ainda sopra com um outro estilo, embora fértil, e muitos homens imaginando que são donos do mundo, enquanto outros nada possuem.
Outros coitados, somente os frágeis braços para ajuntar o pedaço de pão que encontra no latão de lixo, por que por melhor vontade que tenha sempre agirá assim. Acho que os meus sentidos e sentimentos concordarão com essa filosofia, senão como poderá multiplicar o meu amor e o de Luciano ? Todo homem tem sentimento, recordamos os momentos felizes e os instantes de nostalgia, que se passaram ou que estamos a passar, mas nem só os homens, as mulheres também sofrem quando estão amando silenciosamente, como eu estou amando. e de tanto amar não suportei ficar calada, por que o amor tem força e folego. Para se ter emoção não é necessário esconder-se na solidão, com Luciano, eu sinto emoção em qualquer lugar. E em local distante aonde a voz humana é raramente ouvida, o silencio fala mais alto, revestindo cada ser humano com o manto de sua bondade, que em determinados momentos, nem pega bem ao comportamento de determinadas pessoas.
Na verdade o que sofre transformação é  próprio período, jamis as nuvens ou as estrelas, essas tais coisas continuam sendo as mesmas, mas são essas coisas que encantam e me fazem escrever isto. E a cada instante surge um momento de responsabilidade, é sempre chegada a hora da responsabilidade e do sangue escorrer pelas veias agitando todo o corpo, ferindo a alma e nele deixando as mais cruéis marcas de exarquias do padecimento. Por que se um carro super carregado de herói derrapa repentinamente, com um montão de sangue, jamais o motorista freará. os corpos fracos, somente se consola com a terra do campo santo, quer seja ela, fértil ou não, mas na verdade ainda que um corpo esteja falecido, nós sentimos amor e emoção por ele.
Sente sim, sente-se as emoções dos nervos, que espicham, fazendo o adormecido crescer, e todo corpo cresce um pouco mais depois que falece. Mas, para mim, fundamental é descrever as minhas emoções no meu diário, aqui somente derramarei nostalgias, se estas não forem superadas pela expressão amor. Para a juventude está em jogo a mocidade, a realeza e ternura. A maravilha da mocidade, revestida em peles negras, nos bancos públicos, recebendo aqueles ventos bravios, que anoite sopra, para um período sem luz e frio. ali a pessoa houve a mais alta acusação contra o amor, ou a arte de amar. Não o amar em local escuro, mas amar com sentimentos  éticos elevados, achando em condições psiquicamente dar sem receber, por que essas e muitas outras coisas são que causa emoções em um homem, e tenho certeza que o Luciano, sente essas emoções. A verdadeira causa do homem modernizado e modernizador, que nunca se conforma apenas em ver o galo cantar e, não tão somente saber o por que dele cantar.
Sabe-se que um casal quando separa envolve o coração de tristeza,de recordações que eu jamais irei fazer questão de imaginar agora,  e sempre pedir a Deus que conserve o Luciano ao meu lado, para sempre;  sempre mesmo, até quando estivermos unidos  juntos corpo a corpo, esperando que somente a morte nos separe.  A saudade é um palavra bonita,mas muitas das vezes ela suicida, antes do tempo, ela fere, ela massacra ela cativa ela desequilibra, ela tortura os nervos, os sentidos e os sentimentos, não somente dos homens, mas das mulheres também. A saudade é uma coisa que envolve, os sentidos e a gente nem percebe que estás endo envolvido, é uma arma que mata sorrindo e cantando sem pesar. É a deusa da despedida para quem vai e um tormento para quem fica. Saudade é coisa séria, e neste momento eu confesso que estou sentindo saudades do Luciano, por que eu não sei o que ele está fazendo neste momento, não sei se está me traindo com outra, pode está, mas pode não está, de qualquer forma o importante é viver, por que vivendo com certeza temos chance de encontramos a pessoa que se ama, que nos quer bem, por que na maioria das vezes o amor nos tortura imperipetivelmente, e essa é a pior de todas a s torturas.
Neste momento estou me sentindo torturada, por que comecei-a perceber, que meu amado está ame fazer falta e, se ele me faz falta, certamente é porque existe um vazio dentro de mim.
E assim como todo homem emociona uma mulher quando nela rossa o corpo, essa mesma emoção deve ser verdadeira quando ele é rossado por uma mulher, ou faça coisas que o agrade.
Este meu diario é o meu grito de liberdade, de pensamento, de vozes, de desejos, dessentimentos, neste eu deixo escrito tudo aquilo que não tenho possibilidades de dizer de falar ao mundo dos homens velhos de cabeça dura. Porque a cada instante da minha vida, um olhar, sim um qualquer olhar me faz desabafar, neste caderno que infantilmente chamo de diário, mas nem eu mesma tenho consciência se é mesmo o meu diário,é aqui que eu repudio os gestos do meu pai, e sou obrigada a viver trancafiada em um quarto simplesmente por que estou amando o homem que quero amar.
Já não bastava e agora me aparece essas tala de Júlia Matias, com essa voz aportuguesada, que apesar de nada ter contra ela e sim contra o gesto horripilante dele, já que tive a sorte dele ser o meu genitor. Mas deixa pra lá, um dia a libertação cai sobre mim, e a do Brasil é alcançada.
Vou cessar aqui, mas deixo o meu gesto de bravo...bravo...bravo.
Levantou-se, colocou o caderno na estante e deitou-se para dormir enquanto os pais não cessavam de instruir a governanta, que soltava altas gargalhadas, em frente ao televisor.
Momentos depois a Júlia Matias avisou:
- Meus amados patrões, eu irei dormir.
- À vontade.
E caminhando, pelo corredor, em frente ao quarto da Lucianna, chamou:
- menina Lucianna, já está dormindo ?
Não ouvindo nenhum ruido vindo do interior do quarto, ela chamou outra vez:
- Menina Lucianna, já está dormindo ?
Lá de dentro, ela respondeu ásperadamente;
- O que diabo tu queres comigo, o que te importa eu está dormindo ou não ? pensas, oq eu, que vai ficar pegando no meu pé, sai fora de mim, sua portuguesa fedida a bacalhau podre.
- Por que estás brava, menina Lucianna?
Ela levantou-se, abriu a porta e disse:
- Vai para o inferno, sua lagarta branca.
Ela caminhou na direção de Lucianna, e esta rapidamente fechou a porta em sua cara.
encostada á porta, ela simplesmente balançou a cabeça e sorriu lentamente, como quem zombava do próprio destino.


Nenhum comentário:

Postar um comentário